Hoje veremos uma ficção única, de uma autora best-seller do New York Times, Kiersten White. O primeiro volume da ordem dos livros da Saga da Conquistadora foi lançado em 2016. No Brasil, os 3 volumes foram lançados pela Plataforma 21 e vem angariando muitos leitores apaixonados desde então e, por isso, estamos aqui publicando este artigo com pequenas resenhas sobre cada volume em ordem.
A narrativa é inspirada em momentos históricos reais da humanidade e muitos personagens são inspirados em personalidades que realmente existiram. A protagonista, por exemplo, é como se fosse uma versão feminina de Vlad, o Empalador, que é uma figura histórica muito conhecida pela crueldade e brutalidade. Aliás, Vlad foi inspiração para o famoso vampiro da ficção, Drácula, do livro de Bram Stoker, em 1897.
Vlad, juntamente ao seu irmão Radu, foi entregue pelo próprio pai para ser refém do Império Otomano, em prova da lealdade de Vlad II (o pai). Isso ocorre também no primeiro volume — Filha das Trevas — quando a protagonista Lada e seu irmão Radu são entregues, semelhantemente ao fato histórico.
A autora, que também tem outros sucessos como As Novas Lendas de Camelot, se mostra muito criativa ao criar uma narrativa baseada em fatos reais, mas com o toque de uma ficção surpreendente, envolvente e apaixonante, principalmente quando se aprofunda nos personagens e faz os leitores se sentirem próximos de pessoas que realmente existiram.
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1 – Filha das Trevas
Este é o primeiro volume na ordem dos livros da Saga da Conquistadora. Em Filha das Trevas, Kiersten White inicia uma ficção épica que passa por momentos baseados em períodos históricos reais.
No primeiro livro, acompanhamos a excêntrica infância de Ladislav Dragwlya (Lada). A menina é de uma linhagem nobre, porém seus pais são completamente distantes. Sua mãe é uma mulher que vive em um casamento oprimido e sem amor, e não tem forças para cuidar de seus filhos como deveria.
O pai de Lada é Vlad, o voivoda da Valáquia, um tipo de título que o torna responsável pelo território. Como um homem que anseia pelo poder, segue fazendo jogos políticos para manter sua posição, ou até conseguir mais.
Dessa forma, ele precisa estar sempre negociando com o Império Otomano e o sultão Murad. Ele precisa estar sempre pagando impostos e, também, cedendo garotos valáquios que são convertidos ao Islã para lutar pelo sultão.
Vlad, então, em uma de suas jogadas repugnantes, entrega seus próprios filhos — Leda e Radu — como reféns para o Império Otomano, assegurando sua lealdade ao sultão Murad. As duas crianças são enviadas para crescer entre os estranhos e aprender a cultura daquele povo.
Enquanto Lada detesta tudo aquilo que o Império Otomano representa em sua vida, Radu se sente mais confortável inserido na nova cultura do que quando estava em sua própria casa.
Inseridos nas atividades cotidianas, os dois acabam conhecendo um dos filhos do Murad, Mehmed, que, por não ser filho de uma das esposas oficiais do sultão, está muito longe da linha sucessória até o momento. Os 3 acabam se unindo pelas circunstâncias e formando uma verdadeira amizade.
Enquanto Radu se faz suscetível a qualquer pessoa que ofereça afeto, Lada mantém-se resiliente na tentativa de resistir a qualquer coisa que seja agradável daquele lugar. Assim, ela não pretende deixar que o sentimento por Mehmed cresça dentro de si, pois ela parece se sentir no dever de detestar tudo ali. Resta saber se ela será capaz de ter controle sobre isso.
Os 3 jovens estão destinados a grandes feitos. Lada vai crescendo naquele lugar onde ela é ainda menos importante do que antes e, nessas novas condições, ela e seus amigos vão se desenvolvendo, se tornando cada vez mais fortes e vão aprendendo a viver nesse mundo de conflitos políticos, religiosos, entre a traição e a lealdade.
2 – Dona do Poder
Este é o segundo livro na ordem dos livros da Saga da Conquistadora. Em Dona do Poder, Kiersten White dá uma continuação digna de seu primeiro livro. Inclusive, muitos fãs consideram que a fantasia fica ainda melhor a partir daqui.
Aqui a autora se aprofunda ainda mais nos personagens Lada, Radu e Mehmed, enquanto cada um avança significativamente em direção aos seus objetivos grandiosos. Agora um pouco mais velhos, podemos perceber os traços da maturidade se firmando em suas atitudes, apesar de nem sempre conseguirem ter suas emoções sobre controle, principalmente no caso das relações afetivas. Viver no Império Otomano os tornou jovens extremamente eficientes em batalha.
Lada permanece firme em seu desejo de retornar à Valáquia, sua terra, e fazer as coisas diferentemente de seu pai. Ela sempre fez questão de lembrar que aquele lugar nunca será sua casa. Então, neste segundo livro, ela consegue retornar à sua terra natal, mas sabe que sua ascensão ao trono é um grande desafio. Ao chegar, a sensação que reverbera é a de rejeição. Assim, disposta a fazer qualquer coisa para mudar totalmente as coisas por lá, Lada terá de ser uma diplomata, forjando alianças e jogando o jogo político.
Mehmed é, também, um jovem com aspirações grandiosas, tendo em vista conquista a Constantinopla, capital romana do Oriente, coração da Igreja Ortodoxa. Com isso, ele começa a criar um exército e, além disso, contará com a ajuda de Radu para executar seus planos. Mehmed quer que Radu traia o Império e busque asilo em Constantinopla. E assim é feito, por isso, acompanhamos o Radu em grande parte da sua jornada naquela histórica região.
Lada espera que seu irmão mais novo venha ajudá-la, mas ao saber que ele foi para a Constantinopla fica furiosa. Dessa forma, sem Radu, que tem grande vocação para lidar com assuntos diplomáticos, Lada faz as coisas do seu jeito ousado, enquanto se acende como o verdadeiro Dragão da Valáquia, cruel com os inimigos e misericordiosa com o povo, que logo, logo passa a apoiá-la.
Neste segundo livro da Saga da Conquistadora, acompanhamos bastante Radu, enquanto ele trafega pelas ruas da Constantinopla, onde nos deparamos com figuras históricas e fictícias.
Antes de prosseguir, gostaria de recomendar uma outra leitura. Uma outra ficção baseada em acontecimentos históricos. A Trilogia O Século é uma viagem pelo século XX, considerado o século mais conturbado de todos os tempos.
3 – Senhora do Fogo
Senhora do Fogo é o último volume na ordem dos livros da Saga da Conquistadora. Kiersten White surpreende os fãs com uma conclusão singular.
Lada continua avançando como uma líder explosiva e que tomou o rumo da violência e crueldade para conseguir o que quer, ou para eliminar aqueles que estejam em seus caminhos. A protagonista vai construindo uma história de conquistas, porém, manchada de sangue.
Lada é uma personagem extremamente carismática, que, apesar de ter se tornado tão feroz e “ruim”, é amada pelos leitores. Uma protagonista forte, inteligente e determinada que, no entanto, comete muitos erros por ser tão impulsiva.
É interessante ver a inversão de padrões que ocorre na criação de Kiersten, pois, enquanto uma personagem feminina faz o papel de guerreira, cheia de fúria e audácia, Radu é mais contido, sem o ímpeto de um grande guerreiro e sem controle suas emoções afetivas.
O “barulho” que Lada vem fazendo ecoa pelos 4 cantos e, quando ela provoca Mehmed, que agora é sultão, ela ganha um inimigo “pesado”. Entretanto, a atitude dela é compreensível, já que Mehmed havia lhe prometido o trono da Valáquia, mas, quando ela chegou lá, teve de conquistar tudo aos trancos e barrancos.
Mehmed é o soberano e precisa manter seus domínios. Não resta dúvidas de que ele é capaz de tomar atitudes desprezíveis em nome do poder. Sabemos que ele explorou os sentimentos de Radu para manipulá-lo, na ocasião de Constantinopla, por exemplo.
Valáquia, por ser um domínio do Império Otomano, deveria pagar impostos e Mehmed constantemente exige que Lada se ajoelhe perante ele, mas ela resilientemente se nega a esse tipo de coisa. Assim, temos indícios de um grande conflito, que deve envolver muito mais do que apenas disputa por poder, mas, também, dramas pessoais entre os lados rivais.
Também é interessante acompanhar o Radu, que sempre tomou decisões guiado pelo seu sentimento, sendo facilmente manipulado pelo sultão, que conquistou muitas coisas com a ajuda dele. Radu finalmente começa a cair na real sobre quais sempre foram as intenções de Mehmed e dá um rumo à sua vida.
Conclusão
A ordem dos livros da Saga da Conquistadora é uma verdadeira obra prima de Kiersten White, que, de maneira majestosa, consegue unir a ficção aos fatos reais da história, se inspirando em personalidades que realmente existiram e criando personagens extremamente cativantes.
Em alguns pontos, a narrativa segue o rumo verdadeiro e documentado da história, mas em outros pontos segue a criatividade da autora. Isso implica que, mesmo que tenhamos uma obra baseada em fatos reais, seja uma trama que pode seguir rumos bem surpreendentes. Até porque Kiersten parece se esforçar para não ser previsível.
Enfim… Qual é sua primeira impressão sobre a Saga da Conquistadora, após ter lido essas resenhas? Deixe nos comentários abaixo. Queremos saber.
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