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Trilogia Scythe – Ordem dos livros e sinopses

Neste artigo você vai conhecer a ordem dos livros da trilogia Scythe.

A saga de Neal Shusterman faz brilhar os olhos dos amantes da ficção científica. Numa distopia futurística, o autor coloca em xeque aquilo que buscamos para nosso amanhã enquanto sociedade. Então, em uma terra extremamente evoluída, Shusterman põe em discussão os valores da vida, o egocentrismo, a hipocrisia social, crueldade, ambição…

Como pode ver, além do imenso prazer de desfrutar de uma leitura de uma trama desse gênero, o leitor mais “filósofo”, digamos assim, terá a oportunidade de viajar em seus próprios pensamentos, exercendo reflexões estimuladas pelas ideias propostas pelo autor.

Na história da trilogia Scythe, é retratada uma terra onde a ciência da humanidade atingiu tamanha proporção, que a morte natural ou auto praticada não é mais possível. E, apesar da ideia de imortalidade causar uma boa impressão, o  caos é certo.

Se no mundo real, onde a morte é fácil e comum, nós já temos sérios problemas demográficos, imagine no caso desse universo criado por Neil.

Então, em uma sociedade governada por uma inteligência artificial, surge uma organização criada para conter o avanço populacional; e de uma maneira que não considera as noções de moral em que acreditamos hoje.

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Ordem Dos Livros da Trilogia Scythe

O Ceifador

O Ceifador

O Ceifador é o primeiro volume da ordem de livros da trilogia Scythe. Aqui, somos apresentados a uma falsa sensação de controle num mundo futurístico, onde uma “nuvem” que carregava todo o conhecimento da humanidade “libertou” as pessoas de seus problemas naturais como doenças e acidentes. Contudo (repare as aspas que pus na palavra libertou), a palavra liberdade parece ser um ponto fora da curva nessa história toda.

Então, como eu já tinha citado anteriormente, a expansão demográfica descontrolada se tornou um grande problema social. Por isso, foi criada uma organização chamada Ceifa, e assim surgiram os ceifadores.

Os ceifadores são humanos que têm como missão matar outros humanos. São treinados como guerreiros e trazem a morte consigo.

Para deixar tudo mais melancólico, os ceifadores têm de cumprir cotas anuais de “coleta” (como chamam o assassinato “legal” de pessoas), respeitando diversos parâmetros demográficos e geográficos. É isso aí… A vida de cada homem e mulher numa planilha, como se fossem um gado.

Porém, diante de um assunto tão sério, a trama é protagonizada por dois adolescentes: Citra e Rowan, o que dá uma leveza contrastante. A dupla levava sua vida normalmente até conhecerem o ceifador Faraday.  

Faraday escolheu os adolescentes para serem seus aprendizes e, apesar de que a proposta de tirar as vidas de outros seres humanos não agradasse aos dois, eles aceitaram por motivos distintos. Agora, em meio às lições de Faraday, Citra e Rowan aprendem sobre o respeito pelos coletados e pela sua profissão.

Neal Shusterman consegue desenvolver a narrativa de maneira muito paciente e sem pressa, sem tornar a leitura fatigante. É como saborear um chocolate amargo bem lentamente e saber aproveitar cada segundo.

Após o tempo em que os dois passaram com o ceifador Faraday, cada um é enviado para um novo instrutor. Então, a Citra será treinada pela Curie, a Dama da Morte; enquanto isso, Rowan treinará com o Goddard.

Por um lado, a Curie acredita na necessidade da Ceifa e, entretanto, que deve executar as missões com dignidade e sem prazer na morte. Por outro lado, temos o excêntrico Goddard que não esconde o seu prazer de matar e ainda acredita que merece uma vida luxuosa e que deve ser idolatrado.

A Nuvem

A Nuvem

A Nuvem é o segundo volume da ordem de livros da trilogia Scythe de Neal Shusterman. O primeiro volume, que já tinha sido excelente, ganhou uma continuação digna de seu sucesso.

Neste segundo livro, os protagonistas adolescentes se tornaram grandes ceifadores, porém, com uma compreensão bem definida sobre a responsabilidade de ser um ceifador. Escolher quem vive e quem morre não é uma brincadeira, ao contrário do que se passa na mente de muitos integrantes da Ceifa.

Citra, nossa aprendiz em O Ceifador, terminou o período de “estágio”. Agora ela é a ceifadora Anastásia. Como uma boa aluna do Ceifador Faraday e da Ceifadora Curie, Anastásia entende muito bem sobre os valores “nobres”, vamos dizer assim, de ser um ceifador.

Rowan, por sua vez, se tornou o ceifador justiceiro, porque ele passou por um período de aprendizagem severo e incivil nas mãos de Goddard. Isso quase lhe custou seu caráter.

Rowan, agora tem como objetivo pessoal eliminar os integrantes que corrompem os valores “nobres” da Ceifa, o  que será um desafio muito grande, pois o número de ceifadores que compartilham do mesmo tipo de pensamento do Goddard só cresce.

Enquanto isso, o sentimento que o autor transmite durante todo o desenvolvimento da trilogia Scythe é que o sentido da vida ficou deteriorado. Parece que a imortalidade acabou com o propósito da vida, tornando-a uma coisa fútil.

As pessoas se jogam de lugares altos apenas para sentir um pouco de emoção, pois eles sabem que serão ressuscitados novamente. Tudo está completamente perfeito e organizado… É uma situação extremamente depressiva.

Imagine uma sociedade que já  tem tudo pronto, onde não existe mais espaço para evoluir, porque tudo que é necessário já é provido pela Nimbo-Cúmulo (a nuvem). Nem a ideia de família faz mais sentido, pois as pessoas desfazem os laços e criam outros novos facilmente. Então, é estranho admitir isso mas, num caso assim, a única profissão que parece ter sentido é a dos ceifadores.

Enfim… A Nuvem é um livro muito rico, pois, mais uma vez, além de proporcionar um entretenimento prazeroso, Shusterman inspira reflexões filosóficas importantes a respeito da vida.

O Timbre

O Timbre

Este é o terceiro volume da ordem dos livros da trilogia Scythe. Neste livro, é interessante a forma como o escritor apresenta a história, detalhando várias perspectivas e dessincronizando a ordem dos acontecimentos, entretanto, sem tornar o entendimento algo difícil.

Em O Timbre, o principal vilão durante toda a saga, o Goddard, se torna o líder da Ceifa. Agora ele está mais poderoso, malevolente e escroto do que nunca.

Nesse livro acompanhamos os desafios que o ceifador Faraday enfrenta em busca de um misterioso segredo da Ceifa; um segredo tão importante que é capaz de mudar tudo para humanidade.

Podemos também observar a jornada de Citra e Rowan de volta ao mundo dos vivos. E a sociedade passa por um temeroso momento de incerteza, porque a Nimbo-Cúmulo, a inteligência artificial que governava o mundo, se fechou para os seres humanos. Em outras palavras, as pessoas perderam o contato com a nuvem.

Embora os nossos dois queridos protagonistas dos primeiros volumes estejam de volta, eles têm uma participação um pouco menos destacada em O Timbre. Portanto, até o reaparecimento deles, muita coisa já tinha rolado, e muitos personagens maravilhosos já tinham surgido e se tornado cruciais na história. Aliás, é uma pena que não pudemos acompanhar a trajetória de alguns deles nos volumes anteriores.

Um detalhe interessante na trilogia é que o Goddard, principal vilão, não é um daqueles malfeitores carismáticos, que não importa quanta besteira façam que você ainda vai gostar deles (como o Loki dos Vingadores, por exemplo). O Neal Shusterman desenvolve o Goddard de maneira que você possa detestá-lo em paz.

Agora no poder, toda a linha de pensamento do vilão torna-se ainda mais influente em meio aos ceifadores, e seus desejos estão próximos de serem atendidos. Contudo, muitos segredos a respeito dele são revelados, o que reforça a nossa percepção sobre o seu caráter odiável.

Com relação ao fim, a maioria dos leitores se deram por satisfeitos, porém alguns podem achar a resolução simples ou cruel demais. Mas essa é uma questão subjetiva que vou deixar por sua conta.

Autor da trilogia Scythe

Neal Shusterman é um escritor americano que nasceu em 12 de novembro de 1962. Ele cresceu no Brooklyn, cidade de New York. Mas, aos 16 anos de idade, ele se mudou com sua família para a Cidade do México, onde terminou o Ensino Médio, o que, segundo ele, foi muito importante para o seu crescimento pessoal.

Ele ganhou o Prêmio Nacional do Livro de Literatura Juvenil em 2015, entre vários outros prêmios importantes.

Shusterman, desde jovem, já era um leitor ávido. Ele se formou em psicologia e teatro na Universidade da Califórnia. 

Após a faculdade ele conseguiu um emprego como assistente numa agência de talentos. Lá, ele logo conseguiu um agente e, em apenas um ano, conseguiu seu primeiro contrato para um livro e um emprego de roteirista. 

Desfecho

Enfim… Para os jovens que se amarram em uma ficção científica futurística assim como eu, essa saga é uma recomendação especial, até porque a maioria das pessoas que leram essa trilogia acham que a construção da história como um todo é feita de uma maneira muito inteligente, levando em consideração os personagens, enredos, a forma como a escrita evolui, etc.

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