de sangue e cinzas

Resenha: De Sangue e Cinzas (Jennifer L. Armentrout)

De Sangue e Cinzas é o título do primeiro livro da série Blood and Ash escrita pela autora Jennifer L. Armentrout. Publicado originalmente em inglês, o livro é uma fantasia que combina elementos de aventura, mistério e romance. Neste texto, você irá ver uma resenha de De Sangue e Cinzas para melhor compreensão da obra!

A história segue Poppy, uma jovem que vive em um reino onde ela é conhecida como a Donzela, uma figura intocável destinada a uma vida de solidão até que seja chamada para ascender. Contudo, Poppy anseia por liberdade e questiona as regras rígidas de sua sociedade. Seu destino muda drasticamente quando ela conhece Hawke, um guarda misterioso que desafia suas crenças e desperta sentimentos e desejos que ela nunca havia experimentado antes.

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A Obra

De Sangue e Cinzas realmente é um fenômeno young adult e tem um hype absurdo em cima dessa obra. Atualmente, são 5 livros da história principal, em um universo que compreenderá onze obras.

Também quero fazer um alerta antes de entrar na resenha: sei que De Sangue e Cinzas tem seu foco no público young adult e eu não faço parte deste público-alvo. Mesmo assim, quis conhecer essa obra, já que meu projeto literário envolve conhecer livros que eu não leria normalmente… então vamos lá!

Uma Introdução ao Universo de De Sangue e Cinzas

Neste universo, vemos uma história com dois reinos principais: o Reino de Sólis e o Reino de Atlantia. O livro é narrado em primeira pessoa por Penellaphe, ou Poppy, uma personagem muito especial do Reino de Sólis. Ela é uma Donzela, título que ganhou após sobreviver a um ataque dos terríveis Vorazes, monstros que assombram o reino.

Poppy vive dentro da corte de uma das cidades mais importantes do reino, aguardando completar 19 anos para passar por um ritual e se tornar uma Ascendida, seres superiores dentro de Sólis que vivem mais que os outros mortais. Além disso, ela possui um poder especial capaz de perceber e aliviar a dor das pessoas ao seu redor.

Como Donzela, Poppy deve viver pura e intocada, ninguém pode ver seu rosto, então ela precisa andar com um véu que tampa sua face, e basicamente não pode fazer nada. Mas, já nos primeiros capítulos, percebemos que ela não gosta nada disso e dá suas escapadas em um bar chamado Pérola Vermelha. Não demora muito para ela se envolver brevemente com Hawke Flynn, um guarda real de Sólis.

A Estrutura da História

A partir desse ponto, a história se desenrola. É importante destacar que De Sangue e Cinzas pode ser um livro que você ama ou odeia. Quem chega nele esperando um universo bem construído, com centenas de personagens e tramas incríveis, pode se frustrar um pouco. Por exemplo, é um livro de fantasia que não tem um mapa mostrando os diferentes povos e reinos, nem uma mitologia clara por trás.

O livro está muito mais concentrado na relação de Poppy com Hawke, ou seja, no romance, do que na fantasia em si. O lado fantasioso parece muito mais adjacente à história do que a própria construção do casal.

Um Romance Intenso e Adulto

Vale lembrar que este é um livro +18. A construção da tensão sexual entre Poppy e Hawke vai se formando aos poucos, com beijos, trocas de carícias, criando uma tensão sexual proibida ao longo das páginas, mostrando sensualidade aos poucos e até mesmo cenas levemente explícitas.

Spoilers à Frente: Minha Opinião Pessoal

Agora, pessoal, a partir daqui pode haver spoilers, então se você não quer ser pego de surpresa, sugiro que veja essa parte do vídeo somente se já leu a obra.

Entrando um pouco mais a fundo na minha opinião pessoal, acredito que o fato de eu não ser o público para quem essa história é destinada pode prejudicar minha avaliação. Achei o livro desnecessariamente longo. 

Em De Sangue e Cinzas, tive a impressão de que o livro é arrastado. Não acho que acontecem tantas coisas assim para justificar o número de páginas. Poderia ter o mesmo número de “Sombra e Ossos”, por exemplo.

A Fórmula e a Previsibilidade

de sangue e cinzas

O livro segue uma fórmula que tenho encontrado em muitas obras recentes: a personagem feminina forte, mas complexada, que tem que superar muita coisa contra tudo e contra todos, mas eventualmente se apaixona por um cara de caráter duvidoso e juntos enfrentam um líder malvado. Essa fórmula, quando muito repetida, acaba ficando sem graça por se tornar previsível.

Vi algumas resenhas dizendo que acharam o plot previsível, mas pelo menos há uma reviravolta interessante. É um pouco aleatória, mas um lampejo bom de criatividade, mostrando que os habitantes estão sendo enganados, achando que o perigo está lá fora, mas na verdade o perigo está dentro das próprias muralhas.

Considerações Finais

Para mim, da página 200 até a 500, é um grande nada que vai se arrastando entre as cenas para dar destaque ao romance entre Poppy e Hawke, e passar essas páginas foi bem difícil. Reconheço que cada leitor ou leitora vai ter sua própria visão da obra. Essa é só a minha percepção. Não recomendo a leitura se você é fã de fantasia. Acho que há muitos outros livros de fantasia que cumprem um bom papel com histórias até parecidas. Como livro de fantasia, minha nota é 2.

Agora, se você quer curtir um livro romântico cuja construção da tensão sexual em torno deste par em um mundo medieval fantasioso foi aprovada por milhões de pessoas, com cenas sensuais intensas, aí sim pode ser um livro interessante.

Avaliação:

Detalhes da edição brasileira:

  • Título: De sangue e cinzas 
  • Autor: Jennifer L. Armentrout
  • Tradução: Flavia de Lavor
  • Editora: Galera
  • Data da publicação: 8 novembro 2021
  • Número de páginas: 588 páginas

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2 comentários em “Resenha: De Sangue e Cinzas (Jennifer L. Armentrout)”

  1. Esperei muito por esse livro no Brasil por causa das capas lindas, mas a história me decepcionou…

    Achei beeeeem genérico, parecido com Trono de Vidro e ACOTAR. Mas ainda tenho esperança que melhore nos próximos volumes. Gostei do universo e o mistério me deixou interessada na sequência. Mas os personagens, exceto a Poppy, foram fracos e rasos. A narrativa de mais de 600 páginas pareceu enrolação. Faltou profundidade e outros pontos de vista. Os diálogos foram infantis e às vezes embaraçosos, e o romance não convenceu. A escrita é boa, mas a fantasia não cativa. Espero que os próximos livros melhorem, porque se continuar assim, será só frustração.

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