Para os fãs de Corte de Espinhos e Rosas, a frase “Ela roubou uma vida e agora vai pagar com o coração” pode ser bastante conhecida. Afinal, a saga ACOTAR é uma das fantasias mais hypadas do momento, sendo líder de vendas no segmento e ao menos levemente conhecida por fãs do gênero de fantasia. Além disso, os livros também vão virar série no canal Hulu, então imagino que a história vai ficar ainda mais em voga nos próximos meses. Abaixo, vamos fazer uma resenha de Corte de Espinhos e Rosas completa com spoilers para você que quer saber mais sobre esse universo único.
A primeira coisa que eu gostaria de comentar é sobre a capa criada pela editora Galera. Essa é uma das capas mais bonitas de livros que vi ultimamente, apesar de que eu sei que não se deve julgar um livro pela capa. Mas, de fato, é uma edição muito bem montada.
A história de Corte de Espinhos e Rosas se passa num continente chamado Prythian, dividido por uma Muralha. Ao sul desse muro estão as terras dos homens e ao norte o mundo Feérico.
E hoje você vai conhecer a fundo a história com todos, eu disse TODOS, os SPOILERS possíveis. Bora embarcar nessa jornada por Prythian?
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- A Vida de Feyre nas Terras Mortais
- A Reparação Por Seu Crime
- Conhecendo Tamlin e a Corte Primaveril
- A Puca
- A Aproximação de Lucien
- O Suriel e os Nagas
- O Estúdio de Pintura
- O Calanmai e o Contato Com Rhysand
- A Declaração de Tamlin
- A Volta Para Casa
- A Descoberta da Maldição
- Feyre Chega a Sob a Montanha e Encontra Amarantha
- A Primeira Tarefa
- Os Comportamentos Inadequados de Rhysand
- A Segunda Tarefa
- A Terceira Tarefa e a Conclusão da obra
- Considerações Finais
A Vida de Feyre nas Terras Mortais
No começo da nossa resenha de Corte de Espinhos e Rosas, a gente é transportado para uma vila perto da Muralha, sob a visão de Feyre – que narra o livro em primeira pessoa. Assim, vemos tudo por meio da visão dela – que vive em uma situação de carência financeira, com um pai que não consegue andar direito devido a um evento anterior ao livro e ela tem duas irmãs também que são a Nesta e a Elain.
Nem seu pai, nem suas irmãs ajudam no sustento da casa. Todos eles estão saudosistas de uma época em que a família tinha muitas posses, o que não era mais verdade. Então cabe a Feyre buscar esse sustento por meio da caça, sendo muito boa com arco e flecha.
Em determinado dia, ela está perseguindo um cervo e bem na hora que ela o atinge aparece um lobo gigante. Em geral, os humanos sabem que os lobos gigantes às vezes podem ser feéricos e antes de atirar ela fica se perguntando se aquele ser seria um férico ou não. Para não perder a caça, atira no lobo e o mata. Assim, ela consegue vender a carne e as peles para continuar sobrevivendo.
A Reparação Por Seu Crime
Os humanos não sabem muito sobre os feéricos, apenas que eles possuem alguns poderes sobrenaturais, como se transformarem em lobos, e que são imortais, mas tudo baseado em lendas contadas de geração para geração.
Logo após ela matar o lobo gigante, um outro lobo aparece em sua casa exigindo reparação. Ele era na verdade um feérico chamado Tamlin, e evoca um antigo acordo entre os dois povos que dizia que um humano que tirasse a vida de um feérico deveria pagar com a própria vida. A outra opção seria que Feyre desse a sua vida para os feéricos no sentido figurado, indo morar nas terras mágicas e servir a eles. A proposta, claro, é aceita – pois seria muito melhor que a outra alternativa, rsrs.
Partindo nessa jornada com Tamlin, ela chega a Corte Primaveril, a primeira terra feérica quando se partia das terras humanas em direção ao norte, onde, de fato, começa a história da heroína Feyre.
Conhecendo Tamlin e a Corte Primaveril
Feyre chega na Corte Primaveril, onde vive Tamlin. Assim que ele volta à sua forma humanoide, ela repara que eles se parecem muito com humanos, porém mais altos, com diferentes cores de olhos. Além disso, Tamlin é lindo e musculoso (a autora faz questão de ressaltar isso diversas vezes no livro). Ela também repara que todos os moradores daquele local utilizam máscaras – mais para frente no livro entenderemos que isso é uma maldição jogada sob a corte.
É importante citar em uma resenha de Corte de Espinhos e rosas que é por causa disso que há uma avaliação comum de que o livro é inspirado em A Bela e a Fera, já que também há uma maldição envolvendo o protagonista masculino que somente a protagonista feminina poderá resolver.
Inicialmente, ela tem todo aquele preconceito contra os feéricos porque as duas civilizações, em geral, não se gostam. Já na chegada é oferecido um banquete para ela. Feyre não quer comer com medo de estar envenenada. Tamlin reage com desdém. A preocupação da nossa protagonista passa a ser, então, como fugir dali.
A Puca
Tamlin designa para ela uma criada chamada Alis. Essa personagem será muito importante para a trama em geral, sendo no começo um dos principais pontos de contato da protagonista com o mundo místico e, ao final do livro, a responsável por explicar sobre a maldição.
Os dias vão passando, até que em determinado momento ela vê a figura de seu pai fora da janela. Certa de que seria uma missão de resgate, ela prepara-se para fugir. Tamlin, no entanto, a impede de ir ao encontro do seu genitor, o que causa revolta em Feyre.
Mas, na verdade, o feérico estava lhe salvando, já que aquela era uma criatura mística chamada Puca, a qual havia feito uma armadilha para se alimentar da nossa protagonista. A imagem do pai era apenas uma criação dela e esse fato é um dos que começa a quebrar o gelo entre os dois personagens.
Neste momento, é explicado para Feyre de que a crescente presença de criaturas das trevas era resultado de uma espécie de “praga” que estava se espalhando pelo mundo feérico.
A Aproximação de Lucien
Seguimos nossa resenha de Corte de Espinhos e Rosas com Feyre começando a confiar nos feéricos a ponto de sentar na mesa e comer. Durante as refeições ela conhece Lucien, um amigo de Tamlin que trabalha quase como um diplomata da Corte Primaveril. Ele possui um problema no olho, mas evita comentar o acidente que o levou a aquele estado.
Em seus dias na Corte Primaveril, ela tem acesso à biblioteca do local e decide que iria aprender a ler e escrever – para poder mandar uma mensagem para sua família.
Lá ela aprende muito como por exemplo a divisão das 7 Cortes feéricas, cada uma com nomes de estações diferentes ou outros fenômenos naturais. Esses são todos os reinos de Corte de Espinhos e Rosas:
- Corte Primaveril
- Corte Estival
- Corte Outonal
- Corte Invernal
- Corte Crepuscular
- Corte Diurna
- Corte Noturna
Ali na biblioteca ela também aprende sobre algumas criaturas mágicas, entre elas o Suriel, um ser místico que não consegue mentir. Como ela está querendo saber como pode fugir dali, ir atrás dessa criatura parece ser uma boa ideia.
Aos poucos ela começa a escrever umas palavras em uma folha para treinar a sua escrita, mas é interrompida por Tamlin – que também a proíbe de frequentar o local.
O Suriel e os Nagas
Feyre passa então a buscar novas atividades, entre elas a cavalgada e começa a se aproximar de Lucien. Criando coragem, ela pergunta sobre o Suriel e como fazer para capturá-lo.
Lucien acaba por lhe fornecer algumas dicas para criar uma armadilha e capturar o Suriel – a criatura seria incapaz de resistir a uma armadilha montada com uma galinha morta.
Assim, ela monta a armadilha e consegue capturar o Suriel. Após diversas perguntas o ser místico conclui com: “Fique perto de Tamlin”, o que vai ecoar várias vezes na cabeça da nossa protagonista durante a trama, visto que essa criatura jamais diria uma mentira.
Ela também questiona qual seria a maldição envolvendo a Corte Primaveril, porém justo na hora em que ela receberia a resposta, seres maléficos aparecem e interrompem a entrevista.
As criaturas malignas são conhecidas como Nagas. Esses seres começam a caçar a Feyre que luta e destrói dois deles. Porém, a luta continua e quando ela está prestes a se desfalecer, surge Tamlin pronto para defendê-la.
Ela fica um pouco traumatizada com a situação e a conversa na volta para o Castelo com Tamlin aproxima os dois. Além disso, as palavras do Suriel ficam batendo na cabeça de Feyre incessantemente.
Após essa aproximação, Tamlin lê um poema para Feyre – e ela percebe ali mesmo que o poema era feito com aquelas palavras que ela tinha escrito no papel que fora recolhido por ele – aqui começa a nascer uma romantização entre os dois personagens.
O Estúdio de Pintura
Precisamos falar em nossa resenha de Corte de Espinhos e Rosas que é a partir desses eventos, começa a ser criada uma admiração por Tamlin.
Ele convence Feyre que ela não precisava fugir, que sua família estava bem e que eles acreditavam que ela havia ido cuidar de uma tia rica que estava precisando de auxílio. A família estaria sendo bem assistida e seria melhor para eles que ela continuasse ali.
Em meio à conversa fica claro o quanto Feyre tinha em si uma vontade de pintar e Tamlin constrói para ela um estúdio de pintura.
Ali, ela vai desenvolver a sua arte. Ela pinta diversas telas que não fazem muito sentido para quem olha, sendo representações do que ela sente em sua alma. A sua surpresa é muito grande quando Tamlin consegue se identificar e entender o que ela está pensando simplesmente olhando os seus desenhos. Isso cria uma conexão muito forte entre os dois.
Essa aproximação acaba sendo possível muito porque todo mundo sempre a tratou mal em toda a sua vida, então ao ter em sua proximidade alguém que lhe tratava minimamente bem faz com que ela se sinta reconhecida.
Em seu período na Corte Primaveril, Feyre por várias vezes está entediada e é notório que sempre que possível ela tenta ouvir por trás da porta as conversas de Tamlin com Lucien. Isso é um fato bem curioso, já que seria de se imaginar que aqueles seres poderosos pudessem perceber isso.
O Calanmai e o Contato Com Rhysand
Outro fato importante de ser citado em nossa resenha de Corte de Espinhos e Rosas é o Calanmai – uma espécie de saudação à primavera realizada pelos feéricos.
Feyre é instruída várias vezes a se trancar no quarto durante essas festividades, já que elas seriam perigosas para uma humana. Além disso, ninguém fora da Corte Primaveril deveria saber da presença de um humano nas terras feéricas.
Apesar de todos os avisos e de isso ser claramente uma péssima ideia, Feyre se dirige ao local das festividades. Antes mesmo de chegar lá, ela é abordada por três feéricos que começam a importuná-la. Antes que algo pudesse dar errado, no entanto, ela é salva por um homem musculoso, lindo e aquela coisa toda que a Sarah J. Maas gosta de atribuir aos seus personagens masculinos. Ela não sabe o nome, mas acabara de conhecer Rhysand, um dos personagens mais importantes da saga.
O ritual basicamente era constituído pelo Tamlin tomando algum tipo de poção que o deixava fora de si. Ao fim do ritual, ele deveria escolher uma fêmea feérica para copular, a fim de restabelecer os poderes feéricos por mais um ano.
Sabendo disso, Lucien, ao ver Feyre perambulando pela cerimônia, a retira dali. Ao chegar na Corte, ele explica que Feyre não poderia estar ali, já que atiçaria Tamlin a fazer o ritual com ela, já que ele sentia uma espécie de atração inexplicável pela humana.
Após algum tempo, Tamlin chega na Corte e a cerca. Ali, começa um clima romântico entre os dois e ele a provoca de várias maneiras, entre elas com uma mordida no pescoço.
A Declaração de Tamlin
No capítulo seguinte a essa cena, somos apresentados a uma situação em que Lucien, Tamlin e Feyre estão conversando num dos salões da Corte Primaveril.
O jantar deles é interrompido pelo surgimento de um emissário malvadão da comandante do reino dos feéricos.
Tamlin até tenta, nesse momento, esconder Feyre através de mágica, o que não é possível. O emissário malvadão é, na verdade, Rhysand que logo percebe Feyre ali – já que ele possui uma habilidade única – ler mentes.
Imediatamente, Rhysand pede a ela o seu nome. Como ela sabia da habilidade de leitura de mentes de Rhysand, ela dá a ele o primeiro nome que vem à sua cabeça: Clare Beddor.
Rhysand vai embora, mesmo com Lucine e Tamlin implorando para que ele não contasse sobre a presença de uma humana ali na Corte Primaveril.
Logo após essa cena, Tamlin explica a situação do mundo feérico para Feyre – o qual está dominado por uma vilã chamada Amarantha. Tamlin também convence a humana a ir embora, visto que, segundo ele, a vilã viria ali para se vingar.
Em uma cena super-romântica, acontece o primeiro beijo do casal e acabam por fazer amor pela primeira vez no livro.
A Volta Para Casa
Na manhã seguinte, Tamlin a leva até a casa dos pais – que agora é uma espécie de palacete, bem longe da casa humilde em que viviam anteriormente. Obra da magia de Tamlin, com certeza.
Sua família, aparentemente, havia acreditado na história de que Feyre estava cuidando de uma tia idosa, com exceção de Nestha. Em uma conversa determinante da trama, Nestha diz que nunca havia acreditado naquela mentira. Feyre, então, explica para irmã todo o contexto do mundo feérico e implora para que eles fossem para longe da fronteira, pois a “praga” que estava atingindo o mundo feérico acabaria chegando ali também.
Alguns dias depois, andando pela cidade, Feyre se depara com um incêndio na casa dos Baddors, onde morava Clare Baddor – o nome falso que ela havia dado para Rhysand. Ali, ela tem certeza que o mal estava vencendo, e caberia a ela salvar o mundo.
A Descoberta da Maldição
Certa de que ela causara a morte da família Baddor, Feyre resolve voltar para Prythian. Chegando na Corte Primaveril, ela encontra um cenário desolador. Tudo está aos pedaços.
Lá, ela acaba encontrando a criada Alis que irá desvendar toda a maldição que envolvia aquela corte. Alis conta que somente Feyre poderia ter desfeito a maldição imposta por Amarantha. Essa vilã tinha chegado da ilha de Hybern, mas atualmente dominava todo o mundo feérico em Prythian, subjugando as pessoas – controlando seus poderes.
Há 49 anos, Tamlin era um dos que se opunha à Amarantha e, no que ele acreditava ser um ritual de reconciliação durante um baile de máscaras, ela lança a maldição (que eles nunca poderiam retirá-las). A maldição seria quebrada se Tamlin aceitasse ser seu amante – o que é prontamente negado!
Nas páginas 292 e 293, é explicado por Alis a outra maneira pela qual a maldição poderia ser quebrada:
– Encolhi o corpo já sabendo o que Alis diria quando ela apoiou as mãos nos quadris e continuou: Você pode adivinhar com Amarantha tomou isso, mas ela disse a Tamlin que estava com humor generoso. Disse a ele que daria a chance de quebrar o feitiço que lançara a fim de roubar e o poder.
Tamlin cuspiu no rosto de Amarantha, e ela gargalhou. Disse que ele tinha sete vezes sete anos antes que Amarantha o reclamasse, antes que ele tivesse de se juntar a ela Sob a Montanha. Se quisesse quebrar a maldição, precisaria encontrar uma humana disposta a se casar com ele. Mas não qualquer garota, uma humana com gelo no coração, com ódio por nosso povo. Uma garota humana disposta a matar um feérico. – O chão tremeu sobre mim, e fiquei grata pela parede na qual estava encostada. – Pior, o feérico que ela matasse, precisava ser um dos homens de Tamlin, enviados para o outro lado do muro por ele, como cordeiros para o abatedouro. A garota só poderia ser trazida para cá a fim de ser cortejada caso matasse apenas por ódio, exatamente como Jurian fizeram com Clythia… Assim, ele poderia entender a dor da irmã de Amarantha.
Um importante adendo é que Amarantha tinha ódio pelos humanos justamente porque sua irmã havia sido traída por Jurian durante as guerras entre Feéricos e humanos. Para se vingar, Amarantha matou seu corpo e aprisionou a sua alma em um anel que ela usava para humilhá-lo diariamente.
Então, após Alis explicar toda questão de toda a maldição que ela teria de 49 anos e que quando ela foi embora para as terras humanas, havia apenas 3 dias para que fosse desfeita.
Feyre fica se sentindo culpada, o que é bem louco, já que ela não pára para pensar que ela havia sido, de fato, sequestrada de maneira premeditada. De qualquer forma, ela exige que Alis lhe diga como chegar em Sob a Montanha para tentar salvar Tamlin e o caminho lhe é apontado.
Feyre Chega a Sob a Montanha e Encontra Amarantha
Dando continuidade ao nosso resumo de Corte de Espinhos e Rosas, agora chegamos em Sob a Montanha e Feyre está procurando por Tamlin. Obviamente, a liberdade de Feyre lá irá durar cerca de 5 segundos – afinal ela era uma humana cercada de centenas de seres feéricos superpoderosos.
Capturada e levada até Amarantha. Ao lado da vilã estava um Tamlin sem poderes, apático e depressivo. Ao vê-lo, nossa protagonista grita que o amava, mas aquilo já não teria mais efeito prático para acabar com a maldição.
Logo após essa cena, Amarantha está prestes a matá-la, mas se deixa levar pelo sadismo e resolve “dar uma chance” para que Feyre escape de tudo aquilo. Ela propõe então que a humana passe por três desafios mortais para libertar a Tamlin e a si própria.
Alternativamente, ela poderia também desvendar um enigma – aqui, qualquer leitor atento poderia especular que a resposta para o enigma seria “amor”, mas não a nossa protagonista, que é trancafiada até a primeira tarefa.
A Primeira Tarefa
Na primeira tarefa, nossa protagonista é jogada em um poço e deve enfrentar um monstro que ela descreve como “uma minhoca gigante” (nesse momento, achei a descrição desse ser um pouco capenga, mas tudo bem decidi relevar). Basicamente, ela deveria escapar com vida daquele ambiente.
Feyre acaba percebendo que a minhoca é cega, e consegue montar uma armadilha para escapar com vida dali, apesar de se ferir gravemente e quebrar o braço.
Os Comportamentos Inadequados de Rhysand
Antes de ser trancafiada em sua sala para a espera da segunda tarefa, Feyre percebe que há um sistema de apostas entre os feéricos para ver em que altura dos desafios ela vai se dar mal. O único que apostara em sua vitória era o Rhysand.
Ela é, então, atirada em sua cela e basicamente deixada para morrer, já que estava ardendo em febre por causa do seu braço quebrado.
O mesmo Rhysand surge ali para “salvá-la” com a condição de que ela passasse 10 dias por mês na Corte Noturna sob os cuidados dele. Apesar de ver a situação como um absurdo, não há outra alternativa para Feyre, que acaba negociando e aceitando passar 7 dias por mês lá – se sobrevivesse às tarefas, claro. A magia para ajudá-la deixava uma tatuagem em sua pele, criando uma conexão mágica entre os dois.
A partir desse momento, Rhysand passa a ter comportamentos super inadequados com Feyre, basicamente a levando para festas da corte feérica e a embebedando com vinho, no qual ela “perde” um pouco da própria vontade e passa a ser praticamente um objeto para ele. Essa parte do livro é extremamente complicada, ao meu ver, especialmente porque a autora dá todos os indícios que esses dois personagens irão se relacionar de alguma forma afetiva no futuro.
A Segunda Tarefa
Seguimos nossa resenha de Corte de Espinhos e Rosas com a segunda tarefa, na qual nossa protagonista é colocada numa espécie de calabouço e sob a sua cabeça há um teto cheio de espinhos que vai descendo conforme passa o tempo.
Sua tarefa consistiria em puxar uma de três alavancas que responderia uma pergunta feita por Amarantha logo antes do início do desafio. Feyre não faz a menor ideia do que responder, já que a capacidade de leitura dela é bem diminuta. Ela também vê que Lucien, que estava exposto acima dela e morreria antes, caso ela não agisse logo.
Ele resolve arriscar e tocar em uma alavanca, mas sente muita dor. Imediatamente, Rhysand vem à sua cabeça. Feyre tenta insistir, porém continua com aquela dor terrível. Quando muda de alavanca, a dor para, e Feyre percebe que Rhysand estava lhe ajudando naquele momento.
A Terceira Tarefa e a Conclusão da obra
Assim, novamente os dois passam a viver naquela toada de bailes e vinhos, com danças e embriaguez forçadas. Isso continua até que, em determinado dia, Rhysand não dá vinho para Feyre. Em uma espécie de tentativa de fuga da festa, ela esbarra com Tamlin. Ali, os dois ensaiam novamente o seu romance, mas são surpreendidos por Rhysand que esculacha os dois – já que eles morreriam caso Amarantha visse aquela cena. Como ele sente que a vilã mor estaria se aproximando, ali mesmo rouba um beijo de Feyre, mais uma vez assediando a protagonista do livro.
Durante a terceira prova teremos a maior reviravolta do livro, na qual a Feyre seria libertada se ela tivesse coragem de matar 3 feéricos inocentes (enfiando uma estaca no coração). Apesar de ser colocada nessa posição de impossível escolha (já que seria a vida dela ou deles), ela segue em frente e mata o primeiro feérico.
Durante essa tarefa há um brutamontes que antes de cada golpe, tira o capuz dos feéricos escolhidos para revelar a Feyre a quem ela estaria fazendo aquele mal.
A segunda feérica é uma mulher e Feyre também a golpeia.
Quando o brutamontes tira o capuz do terceiro feérico, revela-se Tamlin (aqui de fato é surpreendente. Para mim tudo indicava que ali estaria Lucien, já que ele também havia sido colocado na prova anterior – para desespero da nossa protagonista). Sob protestos de Feyre, a prova continua: não havia volta – se ela quisesse se ver livre, teria que matar Tamlin.
Em choque por não saber o que fazer, Feyre afunda-se em suas memórias e lembra de quando estava na Corte Primaveril. Lá, por diversas vezes, ela podia escutar conversas privadas de Lucien com Tamlin através de portas semiabertas – e isso não poderia ser coincidência, afinal, aqueles seres poderosos não tomariam tão pouco cuidado caso não quisessem ser ouvidos. Em uma dessas conversas, ela lembra que Lucien havia dito a frase: “Tamlin, você tem o coração de pedra mesmo”. Ela então percebe que atingi-lo no coração com uma adaga não iria matá-lo e procede com a prova.
A adaga se quebra ao atingir o coração de pedra de Tamlin e, em teoria, os dois deveriam ser libertos.
No entanto, Amarantha, revoltada, diz que de fato havia afirmado que os libertaria, mas nunca disse quando. Isso causa uma revolta entre os outros feéricos, já que palavra é palavra (mesmo para uma toda-poderosa vilã sem escrúpulos). Em meio à sua ira, ela despeja feitiços contra Feyre, que começa a se contorcer e a ter seus ossos quebrados quando ela imediatamente se lembra do enigma e grita: É O AMOR! A RESPOSTA DO ENIGMA É O AMOR!
Nesse momento, toda a maldição vai embora, Tamlin destrói Amarantha e Feyre morre (claro que o leitor já imagina que a sua morte é impossível, já que ela está contando o livro em primeira pessoa).
De fato, o que a salvou é a sua ligação com o Rhysand. Por alguns momentos, ela vê tudo o que acontece naquele salão distante de seu corpo, pela perspectiva dele.
Para trazê-la novamente à vida, ela é “feita” uma feérica e se torna imortal.
Considerações Finais
Finalizando essa resenha de Corte de Espinhos e Rosas, é importante ressaltar uma coisa pouco debatida sobre a obra.
Não há nenhuma corte com esse nome em Prythian, mas, em diversas passagens do livro, Feyre se refere a si própria como uma humana cheia de espinhos. Já “rosas” refere-se ao fato da Corte Primaveril ser coberta dessa flor, assim Corte de Espinhos e Rosas é um nome dado em alusão à união deste canal.
A leitura de Corte de Espinhos e Rosas passa voando com exceção da primeira metade do livro, em que muita gente considera arrastada. Posso concordar em partes, mas livros de fantasia tendem a ser mais explicativos e detalhados no início.
Ignorando isso, é uma obra rápida e simples que segue bastante uma fórmula presente em outras obras do segmento, apresentando uma menina tola que se apaixona por um ser místico de caráter duvidoso e a história se desenrola a partir disso. O mesmo tipo de fórmula pode ser encontrada em livros como A Rebelde do Deserto ou O Povo do Ar – claro, cada livro tem a sua particularidade, mas isso acaba sendo um lugar comum.
Outro ponto a ser levantado é que o livro Corte de Espinhos e Rosas traz alguns pontos complicados de serem digeridos, como síndrome de Estocolmo, relacionamento abusivo, assédio – e, aqui, há uma preocupação grande porque eu sei que muita gente shipa o casal Rhysand e Feyre.
De ponto positivo, eu diria que apesar de ter 431 páginas, a leitura passa voando e de fato é empolgante em diversos momentos, sendo possível, tranquilamente, terminar um livro como esse em uma semana.
Mas é uma leitura que não pode ser feita sem os questionamentos levantados acima.
Além disso, há cenas hot não tão intensas nesse primeiro volume, mas que são intensificadas nas obras seguintes.
Finalizo essa resenha de Corte de Espinhos e Rosas afirmando que sei que essa é a obra de fantasia mais hypada do momento e gostaria também de saber se vocês concordam com os aspectos levantados nesse artigo!
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Que maravilha ter encontrado uma resenha tão detalhada e bem escrita!!! Eu havia lido esse livro muito tempo atrás e vou ler agora o segundo, mas não lembrava dos acontecimentos do primeiro. Muito obrigada mesmo!!!! Era tudo que eu precisava ❤️
Obrigado pelo comentário, Nathalia. Espero que goste do segundo volume!!
Essa série é perfeita! Tem todo o meu coração <3
Com certeza a fantasia mais hypada do momento!!!