A Trilogia de Daevabad é uma fantasia épica escrita por S.A. Chakraborty, uma autora contemporânea, que veio a se tornar conhecida justamente por conta desta obra. O Reino de Cobre — primeiro volume da saga — é o livro de estreia da autora na literatura, que, por sinal, foi um grande sucesso, tendo sido considerado um dos melhores livros do ano por grandes empresas envolvidas no mercado editorial.
Quero te dar mais detalhes para que você esteja ciente das grandes marcas que a autora atingiu com a Trilogia Daevabad. O primeiro livro (lançado em 2017) foi finalista de diversos prêmios de ficção científica e fantasia, entre eles os Crawford Award, Compton Crook Award, Locus Award, British Fantasy Award e World Fantasy Award. Além disso, foi vencedor do prêmio Booknest.eu de melhor romance de estreia.
Os livros em sequência também alcançaram marcas importantes; o segundo livro (lançado em 2019) foi eleito finalista do Prêmio John W. Campbell.
E para confirmar que Chakraborty chegou com o “pé na porta”, em 2020, foi anunciado que uma empresa cinematográfica irá desenvolver uma adaptação da Trilogia de Daevabad para as telinhas, que deve ser uma série para a Netflix.
A autora foi nascida e criada em Nova Jersey pelos seus pais católicos. Apesar disso, se converteu ao Islamismo na adolecência, o que certamente influenciou em sua escrita. A princípio, pretendia se tornar uma historiadora especializada no Oriente Médio, contudo, as circunstâncias a levaram por outros caminhos e ela se tornou um grande nome da literatura.
A história dos livros se passa no Oriente Médio, durante o século XVIII, trazendo referências históricas reais, elementos da mitologia da região e construindo uma ficção incrível e implementando a magia de uma forma bem original, inteligente e cativante. E você vai conhecer agora a ordem da Trilogia de Daevabad e um pouco da história presente em cada livro.
(Há spoilers no conteúdo)
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1 – A Cidade de Bronze
A Cidade de Bronze é o primeiro livro da ordem da Trilogia de Daevabad. Começamos a narrativa acompanhando a personagem Nahri, uma golpista tentando sobreviver nas ruas de Cairo no século XVIII. Ela é uma trambiqueira que está sempre tapeando pessoas ricas pela cidade.
Na verdade, o maior sonho da protagonista era ser médica, mas ele tinha ciência de que era praticamente impossível para ela, já que ela não tinha dinheiro e, além disso, convenhamos que no século XVIII dificilmente as mulheres podiam estudar. No entanto, Nahri é dotada de uma habilidade especial: com apenas um toque, ela consegue saber sobre o estado de saúde de uma pessoa.
Quando, certa vez, em um ritual, uma moça é possuída por um demônio, o qual mostra familiaridade para com Nahri, a vida dela muda completamente. Ela descobre que está sendo caçada por criaturas do submundo por causa do seu sangue e terá de fugir e manter-se à salvo até chegar ao único lugar seguro, Daevabad. Nesta jornada, ela estará junto de Dara, o daeva que invocou acidentalmente, e será intensa, principalmente no sentido de que muitas revelações serão feitas sobre o mundo mágico, sobre ela mesma e sobre aquele que a acompanha.
Temos também, em uma cidade de bronze, o Ali, um príncipe religioso que lida com uma tremenda guerra civil. Ele sonha em revolucionar o regime corrupto estabelecido pelo seu pai e, agindo ao contrário dos conselhos de pessoas traiçoeiras, Nahri estabelece uma amizade com o príncipe.
Assim, a narrativa da saga é apresentada através das perspectivas de 3 personagens: Nahri, Ali e Dava.
A Cidade de Bronze é um livro excepcional, que, em meio a fantasia única construída por Chakraborty, ainda levanta questões sociais interessantíssimas em uma trama política bem elaborada, pois, mesmo se tratando de uma época bem distante, ainda hoje essas questões estão em evidência nas sociedades atuais.
Tudo isso em meio a um desenvolvimento de quem sabe criar uma boa narrativa, pois os momentos de ação, os diálogos interessantes e os personagens bem desenvolvidos e altamente carismáticos constituem uma leitura muito prazerosa.
Porém, algo interessante a se ressaltar é que este primeiro volume, por ser uma apresentação, é bem detalhado o que faz com que não seja uma leitura tão simples quanto as seguintes.
2 – O Reino de Cobre
Por conta do grande sucesso do primeiro livro, os leitores mal podiam esperar pelo lançamento do segundo volume da ordem da Trilogia de Daevabad. Em O Reino de Cobre, Chakraborty dá uma excelente continuação à sua saga e abre caminho para uma conclusão que promete grandes emoções.
Alguns anos se passaram entre o fim do primeiro livro e o início do segundo. Nahri está em Daevabad, mesmo assim, sobreviver será uma tarefa difícil diante da traiçoeira corte da cidade mágica, de que agora faz parte. Nesse novo mundo, onde seres mágicos convivem com meio humanos, Nahri está no centro de um grande conflito que assola o povo Daeva, sendo fundamental para o desfecho da batalha. Então, a protagonista percebe que terá de aceitar o seu destino e assumir o grande poder que há no seu interior.
Ainda acompanhamos Ali, o príncipe que foi exilado por desafiar seu pai. Agora, ele sobrevive no escaldante deserto de cobre e, perseguido por assassinos e em uma situação muito adversa, ele deverá contar com seus novos poderes: depois de um incidente, Ali desenvolveu uma estranha conexão com a água, que o responde de uma maneira que ele ainda não entende.
Por outro lado, ainda acompanhamos o Dara, que firma uma aliança surpreendente, o que pode garantir seu retorno a Daevabad e pode ser determinante para a guerra.
Este livro segue um ritmo crescente de tensão. A autora, que havia sido extremamente detalhista na primeira trama, agora segura mais a mão na hora de entregar informações e, por isso, algumas pessoas podem considerar essa leitura mais fluida que a primeira.
Chakraborty, ao construir o cenário de sua obra, faz um excelente trabalho ao integrar os vários pontos que constituem a saga de uma maneira totalmente original: magia, política, religião, ancestralidade…
3 – O Império de Ouro
Chegamos ao último volume da ordem da Trilogia de Daevabad. O Império de Ouro é a aclamada conclusão da obra de Chakraborty. Uma fantasia que se destaca na literatura, pois além da singularidade, podemos destacar elementos como a construção de personagens cativantes e bem aprofundados, cenários maravilhosos, um enredo sensacional e planos de fundo bem detalhados.
O terceiro livro da trilogia começa logo após o fim da segunda narrativa, O reino de Cobre. No início da narrativa, Nahri e Ali são levados para o Egito e o Daevabad caiu para Manizheh e seu leal executor, o renascido Dara. A conquista da cidade mágica gerou terríveis consequências: não há mais magia por lá, o povo está amedrontado, alianças estão se desfazendo e Daevabad é posta à beira de um colápso.
Enquanto isso, Ali e Nahri assumem uma rotina muito agradável longe de todos aqueles conflitos. No entanto, os pensamentos sobre tudo que eles deixaram para trás e sobre a calamitosa situação que se passa por lá os atormentam. O que será que eles devem fazer? Continuar a viver longe das pessoas que os odeiam ou voltar e libertar a cidade?
Apesar de os heróis estarem tentados a deixar seu passado no passado, eles tomam a decisão de retornar a cidade para recuperá-la do governo cada vez mais tirano Manizheh. Nessa narrativa cheia de reviravoltas, Dara, que ajudou a Manizheh chegar onde chegou, foi escravizado por ela, tendo de fazer coisas terríveis.
Este volume é um volume de muitas revelações chocantes que pretendo guardá-las de você. Mas posso dizer que são tantas que você vai duvidar se realmente conhece os personagens que você tanto acompanhou até aqui. Contudo, através das descobertas, muitos pontos vão sendo ligados e tudo vai fazendo um sentido arrepiante.
Além disso, Ali e Nahri, estão prestes a embarcar num grande romance. Isso é o que os leitores esperam, querendo aproveitar os momentos dos dois antes que a trama acabe.
Conclusão
Com certeza, esta é uma das obras mais notáveis que trazem elementos da mitologia do Oriente Médio. Não canso de dizer que Chakraborty chegou chegando no mercado editorial e que A Trilogia de Daevabad é uma excelente recomendação de leitura.
Enfim… Espero que tenha gostado do artigo!
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