8 Melhores Livros de Ernest Hemingway
Poucos escritores marcaram tanto a literatura do século XX quanto Ernest Hemingway. Sua escrita direta, concisa e marcada por silêncios — técnica que ele mesmo chamou de teoria do iceberg — transformou para sempre a forma de narrar romances, contos e reportagens. Não por acaso, é quase impossível encontrar um leitor voraz que não tenha ouvido falar sobre os melhores livros de Hemingway ou sobre a relevância de sua obra no cenário literário mundial.
Nascido em 1º de julho de 1899 em Oak Park, nos arredores de Chicago, Hemingway cresceu entre o interesse pelo jornalismo e a paixão pela literatura. Começou a carreira no jornal The Kansas City Star, que moldou seu estilo objetivo e enxuto. Ainda jovem, serviu como motorista de ambulância na Primeira Guerra Mundial, experiência que o colocaria frente a frente com os horrores do conflito e inspiraria boa parte de sua obra posterior.
O Box Ernest Hemingway reúne Por Quem os Sinos Dobram, O Velho e o Mar e Paris é uma Festa em uma edição de luxo, capa dura e projeto gráfico exclusivo. Obras atemporais que mostram a força e a sensibilidade de um dos maiores escritores do século XX.
Após a guerra, Hemingway se mudou para Paris, onde se juntou ao círculo de intelectuais e artistas conhecido como “Geração Perdida”, que incluía nomes como Gertrude Stein, Ezra Pound e F. Scott Fitzgerald. Foi nesse contexto que publicou seu primeiro grande romance, O Sol Também se Levanta (1926), retratando a vida de ex-combatentes estrangeiros na efervescente Paris dos anos 1920.
O sucesso foi seguido de outras obras marcantes: Adeus às Armas (1929), inspirado em suas experiências na Primeira Guerra; Por Quem os Sinos Dobram (1940), sobre a Guerra Civil Espanhola; e O Velho e o Mar (1952), uma parábola atemporal sobre coragem e resistência que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer e abriu caminho para o Nobel de Literatura, recebido em 1954.
Além de escritor, Hemingway foi correspondente de guerra, aventureiro incansável e figura pública polêmica, conhecido por suas viagens à África, temporadas em Cuba e pelos excessos com álcool e relacionamentos. Sua vida turbulenta terminou tragicamente em 1961, mas sua obra permanece como um dos pilares da literatura moderna.
Por que ler Ernest Hemingway hoje?
Ao lado de Steinbeck, William Faulkner e Fitzgerald, Hemingway é considerado um dos maiores cronistas da experiência humana no século XX. Suas histórias sobre amor, guerra, coragem e desilusão não apenas capturam o espírito de sua época, mas continuam a dialogar com leitores contemporâneos. Ler Hemingway é entrar em contato com uma escrita essencial, que moldou o cânone da ficção norte-americana e inspirou gerações de escritores ao redor do mundo.
O velho e o Mar

O livro que trouxe reconhecimento via Pulitzer e Nobel de Literatura obviamente têm que encabeçar qualquer lista de melhores livros de Ernest Hemingway. Esse é também o último livro publicado pelo autor em vida.
Com a linguagem simples mas poderosa das fábulas, Hemingway trata de temas universais e atemporais como a perseverança em meio às adversidades e as lições que podemos tirar da derrota neste magnífico clássico do século XX.
O livro conta a história de Santiago que, mesmo sendo um pescador por profissão, havia 84 dias que não pescava um só peixe. Começa a se espalhar em seu vilarejo a lenda que ele seria um “salão”, ou um azarento da pior espécie.
Acreditando em si e embutido de muita coragem, ele se lança sozinho para o alto-mar. Só para quando se vê cercado por animais marinhos e a mais bela água cristalina.
Lá ele irá fisgar um peixe especial que muda a sua vida. Mas o peixe luta bravamente e começa uma batalha entre os dois que irá durar dias. O homem não irá desistir e, enquanto está naquela situação, será assombrado pela solidão do alto-mar, sonhos, pensamentos e numa luta pela sobrevivência. Essas “assombrações” e a sua fé inabalável prendem o leitor de ponta a ponta.
Por Quem os Sinos Dobram

Esse é mais um dos melhores livros de Ernest Hemingway, retratando uma história comovente com o pano de fundo da Guerra Civil Espanhola.
O livro narra a vida de Robert Jordan, um americano engajado na causa da legalidade na Espanha. Lutando ao lado do governo democrático, ele recebe a missão de dinamitar uma ponte que irá atrapalhar o avanço das tropas inimigas.
Seu grupo é composto por Pilar, mulher com extraordinária força de vontade, o perigoso Pablo e a bela Maria.
Por quem os sinos dobram traz ao leitor uma das mais inesquecíveis histórias de amor da literatura moderna.Tal clássico da literatura trabalha o lado humano dos personagens diante da Guerra Civil Espanhola e, apesar de uma obra de muitas páginas, transcorre em leitura leve e poética.
Paris É Uma Festa
Paris é uma festa mostra-nos um Hemingway diferente, o escritor e o homem fazendo uma viagem sentimental à década de 1920, quando o mundo se abria diante dele e seus companheiros de cidade eram a gente anônima das ruas e também pessoas famosas como Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald.
A cidade e esses “companheiros de viagem” deram-lhe mais sensibilidade para alcançar os seus dois objetivos primordiais na vida: ser um bom escritor e viver em absoluta fidelidade consigo próprio.
Hemingway nos deixou, neste livro póstumo, uma série de vinhetas inesquecíveis, escritas com amor e ironia, com humor e saudade. Há, neste que é um dos melhores livros de Ernest Hemingway, momentos de suave melancolia, alternados com outros de cortante, quase selvagem crueldade.
Adeus às Armas

O quarto melhor ranqueado na lista de melhores livros de Ernest Hemingway é a obra Adeus às armas que consolidou a reputação do autor como um dos mais importantes ficcionistas do século XX.
Composta por elementos autobiográficos, essa história nos apresenta um motorista de ambulância voluntário e uma linda enfermeira escocesa por quem ele se apaixona. Em meio à guerra, os dois buscam um pequeno santuário em que possam viver o seu amor. Os protagonistas acreditam que podem se isolar em seu amor simplesmente afastando-se da guerra.
O livro é levemente inspirado em sua própria história. Em 1918, ferido em combate, Hemingway é internado em um hospital, em Milão, onde conhece a enfermeira Agnes von Kurowsky, por quem se apaixona. Ela, porém, não aceita casar-se com o escritor, deixando-o profundamente desiludido e inspirando essa obra.
O Sol Também Se Levanta

Esse é o primeiro romance publicado entre os melhores livros de Ernest Hemingway. É uma obra vigorosa que retrata os conflitos e frustrações dos norte-americanos e ingleses que vivem em Paris após a Primeira Guerra Mundial.
Os personagens são humanos complexos, representando assim uma geração contaminada pela ironia e pelo vazio diante da vida, com seus valores morais destruídos pela guerra e irremediavelmente perdidos.
As Ilhas da Corrente

As ilhas da corrente narra as aventuras e as tragédias presentes em momentos cruciais da vida do pintor Thomas Hudson – um evidente alter ego de Hemingway.
A história é dividida em três partes. A primeira chamada Bimini é ambientada em uma ilha paradisíaca do Caribe onde Hudson está divorciado e em estado de ebriedade na maior parte do tempo.
Em Cuba o personagem é um homem atormentado que perde o filho em um acidente. Ao mesmo tempo, reencontra a primeira esposa e revive o final infeliz da grande história de amor de sua vida
Na terceira parte chamada de No mar, Hudson como um caçador de submarinos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. é um drama de guerra que contém elementos que lembram outras obras de Hemingway.
Do Outro Lado Do Rio, Entre As Árvores

O mais sentimental entre os melhores livros de Ernest Hemingway.
Do Outro Lado do Rio, Entre as Árvores é um livro que conta com o protagonismo de Richard Cantwell, da Infantaria dos Estados Unidos, que aos cinqüenta anos se vê dominado por um tédio existencial e regressa ao norte da Itália numa espécie de busca por ressignificar a própria vida.
Hemingway coloca muito de si próprio na figura do coronel Cantwell, nesse retorno simbólico à juventude e à paixão por uma linda mulher muito mais jovem.
Verdade Ao Amanhecer

Situações tensas, cômicas e banais em um ambiente deslumbrante Misturando ficção e autobiografia, Hemingway nos brinda com Verdade ao Amanhecer, um revelador autorretrato e crônica dramática de seu último safári na África.
Escrito em 1953, quando voltava de uma temporada no Quênia, a obra começa no momento em que Pop, famoso caçador, entrega a Hemingway a responsabilidade pela área de caça onde está seu safári. O fato coincide com rumores de que o território poderá ser atacado por uma organização africana que se opõe ao poder colonial dos ingleses. Enquanto o ataque não vem, Mary, a esposa de Hemingway, empenha-se em caçar um leão pelo qual está obcecada.
Gostou de conhecer os melhores livros de Ernest Hemingway? Veja outros posts recentes!
Crédito de foto: Maxpixel
Nota editorial: este artigo foi originalmente publicado em 8 de julho de 2021 e atualizado pela última vez em 23 de setembro de 2025 para refletir mudanças recentes e novas informações verificadas.
Sobre o Autor
0 Comentários