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Os 20 Melhores Livros de Ficção Científica Para Ler em 2025

Hoje vamos conversar sobre os melhores livros de ficção científica. Esse é o gênero que mais ousa imaginar. Não só sobre o futuro, mas sobre nós mesmos. Ela antecipa tecnologias, questiona sistemas políticos, desmonta certezas morais e, muitas vezes, acerta antes mesmo da ciência.

Dos primeiros experimentos literários no século XIX às narrativas mais ousadas do século XXI, a ficção científica já nos levou a desertos interplanetários, impérios galácticos, colapsos ecológicos e revoluções robóticas. Mas acima de tudo, nos leva para dentro de nós: nossas crenças, nossos medos, nossa humanidade.

Nesta seleção de melhores livros de ficção científica, você vai encontrar desde clássicos que moldaram o gênero, como Frankenstein, Duna, Fundação e 1984, até distopias modernas como Silo, passando por obras filosóficas, tecnológicas, emocionais e até mesmo líricas, como Flores para Algernon e A Mão Esquerda da Escuridão. Todos os livros listados aqui foram lidos e resenhados por mim, e cada escolha é uma recomendação pessoal, pensada para leitores que querem mais do que só “um bom livro”: querem uma leitura que fique na mente por semanas.

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1 – Duna (Frank Herbert)

Publicado pela primeira vez em 1965, Duna lidera entre os melhores livros de ficção científica e provavelmente é a saga que mais influenciou o gênero. 

Em um império intergaláctico corroído por jogos políticos, a única coisa mais valiosa que planetas é a especiaria melange: uma substância que estende a vida e permite viagens espaciais. Arrakis, o planeta desértico onde essa substância é produzida, torna-se o centro de uma guerra de poder, religião e sobrevivência. No meio disso tudo, está Paul Atreides, o herdeiro de uma casa nobre que se vê lançado ao destino messiânico.

Duna não é só uma história sobre planetas e facas, mas sim uma meditação sobre ecologia, misticismo, colonialismo e destino.

Para quem é recomendado?

Leitores que gostam de sagas densas e ricas em contexto político, ecológico e filosófico. Um livro que exige atenção, mas devolve em profundidade.

O que eu achei

É, com folga, o melhor livro de ficção científica que já li. Não é rápido. Não é simples. Mas é um colosso literário e completamente viciante.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Duna
  • Autor: Frank Herbert
  • Data da publicação: 28 abril 2017
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Maria do Carmo Zanini
  • Páginas: 680

2 – Fundação (Isaac Asimov)

Fundacão foi publicada originalmente em 1951. Séculos no futuro, o cientista Hari Seldon cria uma disciplina matemática capaz de prever o comportamento de grandes civilizações. Ele percebe que o Império Galáctico está em declínio e tenta salvar o conhecimento humano criando a Fundação: um núcleo científico que visa reduzir o período de escuridão que se seguirá. 

Cada capítulo salta décadas no tempo, revelando como ciência, religião, comércio e poder moldam os destinos dos povos.

É uma ópera sem batalhas: só ideias e personagens geniais.

Para quem é recomendado?

Ideal para quem prefere tramas políticas e intelectuais a ação e batalhas. Se você se encanta com como as ideias movem o mundo, leia Fundação.

O que eu achei

Demorei para entrar no ritmo, mas depois fui fisgado. É um livro que envelhece bem, justamente porque fala sobre ciclos, previsões, e como resistir à queda.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Fundação
  • Autor: Isaac Asimov
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Álvaro Mesquita
  • Páginas: 880 páginas
  • Data de publicação: 8 abril 2019

3 – A Mão Esquerda da Escuridão (Ursula K. Le Guin)

Desde as primeiras páginas de A Mão Esquerda da Escuridão (publicada em 1969), a narrativa me envolveu com sua abordagem filosófica. No gelado planeta Gethen, os habitantes são andróginos: não possuem gênero fixo e se tornam temporariamente masculinos ou femininos durante ciclos sexuais.

Genly Ai, um enviado da federação interplanetária Ekumen, precisa convencer os governos locais a aderirem à aliança. Mas para isso, ele precisa entender não só a política de Gethen, mas suas relações, sua espiritualidade e seus afetos.

É um livro sobre alteridade, linguagem, identidade e confiança — com uma sensibilidade raríssima no gênero.

Para quem é recomendado?

Leitores que apreciam ficção mais filosófica, com uma construção de mundo rica em antropologia e sutileza emocional. Leitura obrigatória para quem se interessa por gênero e política.

O que eu achei

Foi um choque. Não esperava uma obra tão sofisticada e ao mesmo tempo tão íntima. Le Guin escreveu um clássico que vai além da ficção científica: é literatura pura.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: A mão esquerda da escuridão
  • Autora: Ursula K. Le Guin
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Susana Alexandria
  • Páginas: 304
  • Data de publicação: 10 agosto 2019

4 – 1984 (George Orwell)

Geoge Orwell publicou 1984 em 1949 e o livro se consolidou como a melhor obra que explicou o autoritarismo moderno. Aqui, Winston Smith vive em uma sociedade onde tudo é vigiado, até os pensamentos. O Partido controla a linguagem, a história e até a memória. Rebeldia é punida com reeducação, e quem desaparece deixa de ter existido. Mas quando Winston conhece Julia, ele se atreve a sonhar com liberdade.

Mais do que uma distopia, 1984 é uma denúncia sobre como o poder manipula a verdade.

Para quem é recomendado?

Todo mundo deveria ler. Especialmente quem se interessa por política, mídia, discurso de ódio e distorção da realidade.

O que eu achei

É um soco no estômago. Toda vez que releio, ele parece mais atual. Orwell entendeu o jogo do poder como pouco.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Editora: DarkSide
  • Autor: George Orwell
  • Tradutoção: Alexandre Boide
  • Páginas: 448
  • Data de publicação: 26 abril 2022

5 – Flores Para Algernon (Daniel Keyes)

Flores para Algernon é um livro de ficção científica escrito por Daniel Keyes. Originalmente uma história curta publicada em 1959, o autor expandiu-a para um romance em 1966. A narrativa é apresentada em forma de diário em primeira pessoa e é uma poderosa exploração das complexidades da inteligência, empatia e ética. Além disso, é uma obra de perder o fôlego!

A história gira em torno de Charlie Gordon, um homem com deficiência intelectual que é selecionado para um experimento cirúrgico para aumentar sua inteligência. O experimento foi previamente realizado com sucesso em Algernon, um rato de laboratório, e agora é a vez de Charlie. À medida que a inteligência de Charlie se expande, o livro explora as implicações emocionais e éticas dessa transformação.

Para quem é recomendado?

Leitores sensíveis, que gostam de drama psicológico com peso humano. Também é perfeito para quem quer iniciar alguém no gênero com um livro curto, profundo e inesquecível.

O que eu achei

É de partir o coração. O tipo de livro que você fecha com lágrimas nos olhos, e ainda assim recomenda para todo mundo. Simples, profundo e devastador.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Flores para Algernon
  • Autor: Daniel Keyes
  • Tradução: Luisa Geisler
  • Páginas: 288
  • Data da publicação: 10 julho 2018

6 – Guerra do Velho (John Scalzi)

Guerra do velho, publicado originalmente em 2005, é uma escolha bem pessoal para estar presente nessa lista. Na minha visão, é a ficção científica militar mais divertida (e inteligente) dos últimos tempos

O que mais me impressionou nessa obra foi a velocidade dela: é quase como se eu estivesse assistindo um filme de ação, e não lendo o livro.

No futuro, quando alguém completa 75 anos, pode se alistar para as Forças Coloniais de Defesa, uma organização que luta em guerras espaciais em nome da Terra. Mas o que acontece com seu corpo após o alistamento? É aí que começa o segredo. Com humor, crítica social e ação intensa, Guerra do Velho é uma ficção científica de ritmo rápido, que também questiona envelhecimento, identidade e ética.

Para quem é recomendado?

Ideal para quem está começando no gênero, ou para leitores que gostam de ação, tecnologia e personagens cativantes. Também é uma excelente pedida para fãs de Tropas Estelares, mas que preferem mais cérebro e menos propaganda militar.

O que eu achei

Foi uma surpresa grata. Esperava algo raso e encontrei uma história afiada, com ritmo impecável e questões profundas no meio das explosões. Scalzi tem carisma e precisão.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Guerra do velho
  • Autor: John Scalzi
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Petê Rissatti
  • Páginas: 368

7 – Blade Runner: Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas? (Philip K. Dick)

O mundo retratado em Blade Runner (1968) se desenrola em um futuro distópico e segue as vivências de Rick Deckard, um caçador de recompensas, em uma Terra pós-apocalíptica. Nesse cenário devastado pela guerra e poluição, a maioria dos animais reais foi extinta. Além disso, possuir animais de estimação reais se tornou um símbolo de status social. No entanto, muitos recorrem a animais elétricos, simulacros de criaturas vivas, devido à sua acessibilidade financeira.

Deckard tem a missão de rastrear e “aposentar” (destruir) androides que escaparam das colônias espaciais e chegaram à Terra. Esses androides são extraordinariamente avançados, quase indistinguíveis dos humanos, exceto pelo Teste de Empatia Voigt-Kampff.

Para quem é recomendado?

Leitores que gostam de questionamentos existenciais e cenários sujos e decadentes. É leitura obrigatória para quem se interessa por inteligência artificial, empatia e identidade.

O que eu achei

Um clássico perturbador. A prosa pode ser estranha, mas a ideia central é brilhante. Philip K. Dick nunca é sobre o que parece ser, e esse é seu maior mérito.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Blade Runner: Androides sonham com ovelhas elétricas?
  • Autor: Philip K. Dick
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Ronaldo Bressane
  • Páginas: 288

8 – Eu, Robô (Isaac Asimov)

Eu, Robô (1950) não é um romance, mas sim uma coletânea de contos interligados, narrados por uma robopsicóloga chamada Susan Calvin. Através desses episódios, Asimov nos apresenta as famosas Três Leis da Robótica e suas consequências inesperadas. Os robôs de Asimov não são vilões nem heróis, mas personagens complexos que desafiam a lógica humana.

Cada conto é uma parábola científica sobre ética, erro, interpretação da lei e o que significa “proteger a humanidade”.

Para quem é recomendado?

Leitores que curtem contos, dilemas éticos e uma abordagem cerebral da tecnologia. Perfeito para quem quer entender por que Asimov influenciou gerações de cientistas.

O que eu achei

Cada conto é melhor que o outro. Impressiona como Asimov antecipa discussões sobre inteligência artificial com precisão e criatividade.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Eu, Robô 
  • Autor: Isaac Asimov
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Waltensir Dutra
  • Páginas: 320

9 – Neuromancer (William Gibson)

Em Neuromancer (1984), Case é um hacker que perdeu a capacidade de se conectar ao ciberespaço. Quando recebe uma proposta misteriosa de uma dupla de mercenários, embarca em uma missão que o coloca frente a frente com inteligências artificiais, corporações controladoras e um futuro onde a realidade é uma simulação em constante mutação.

O estilo é denso, labiríntico, muitas vezes caótico, mas absolutamente visionário.

Para quem é recomendado?

Leitores com alguma bagagem em ficção científica que buscam uma leitura mais desafiadora e estética. É uma aula de estilo e ambientação futurista.

O que eu achei

Demorei para engrenar, já que não é uma escrita fácil e é até meio confusa em algumas partes. No entanto, fui recompensado com um dos universos mais imersivos e estilosos do gênero.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Neuromancer
  • Autor: William Gibson
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Fábio Fernandes
  • Páginas: 320
  • Data de publicação: 19 agosto 2016

10 – Jurassic Park (Michael Crichton)

Em Jurassic Park (1990), o milionário John Hammond utiliza engenharia genética para clonar dinossauros e construir um parque temático revolucionário. Para testar sua viabilidade, convida especialistas para um tour, mas a tecnologia falha, os animais escapam e o caos se instala.

O livro vai muito além do filme: apresenta discussões profundas sobre bioética, controle da ciência e os riscos da arrogância humana. Com linguagem ágil e riqueza de detalhes científicos, é uma leitura envolvente e alarmantemente realista.

Para quem é recomendado?

Leitores que gostam de thrillers com embasamento técnico e ficção científica voltada para a biotecnologia. Um dos melhores livros de ficção científica para quem busca ação com profundidade.

O que eu achei

Muito melhor que o filme: mais assustador, mais inteligente, mais provocativo. Michael Crichton sabia como criar tensão com base na ciência real.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Jurassic Park
  • Autor: Michael Crichton
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Carlos Szlak
  • Páginas: 528
  • Data de publicação: 30 novembro 2022

11 – Frankenstein ou o Prometeu Moderno (Mary Shelley)

Publicado em 1818, Frankenstein ou o Prometeu Moderno é um dos marcos fundadores da ficção científica. Nele, Victor Frankenstein é um jovem cientista obcecado pelos mistérios da vida e da morte. Em um experimento audacioso, ele consegue dar vida a uma criatura feita a partir de restos humanos — mas, horrorizado com o resultado, abandona sua criação. A criatura, rejeitada pela sociedade e pelo próprio criador, passa a agir movida por dor, raiva e solidão.

Escrito por Mary Shelley aos 18 anos, Frankenstein é considerado o primeiro verdadeiro romance de ficção científica da história. Mais do que uma história de terror, é uma reflexão poderosa sobre responsabilidade científica, marginalização e o que significa ser humano. Um clássico absoluto — e surpreendentemente atual.

Para quem é recomendado?

Leitores que buscam entender as origens da ficção científica, com uma abordagem literária profunda e reflexiva. É um dos melhores livros de ficção científica para quem gosta de filosofia, ética e tragédias humanas. Também é ideal para quem aprecia a fusão entre o gótico e o científico.

O que eu achei

Frankenstein é uma leitura desconfortável no melhor sentido. Victor não é herói: é covarde, omisso, e o verdadeiro monstro da história. A criatura, por outro lado, é uma construção trágica de alguém que queria apenas ser amado. A obra é melancólica, filosófica e carregada de dor. Mesmo com algumas limitações narrativas, é um clássico obrigatório.

Ficha técnica:

  • Título: Frankenstein ou o Prometeu Moderno
  • Autora: Mary Shelley
  • Páginas: 424
  • Editora: Penguin Companhia
  • Tradução: André Telles
  • Data de publicação: 9 setembro 2015

12 – Fahrenheit 451 (Ray Bradbury)

Em Fahrenheit 451 (1953), estamos em um futuro totalitário, os bombeiros não apagam incêndios, eles queimam livros. A leitura foi criminalizada, e o conhecimento substituído por entretenimento superficial. Guy Montag, um bombeiro, começa a questionar seu papel no sistema quando conhece uma jovem que o faz enxergar o mundo com outros olhos.

A narrativa é poética, crítica e absurdamente atual. Bradbury antecipa a sociedade do excesso de estímulos e da fuga da reflexão.

Para quem é recomendado?

Indicado para quem ama literatura, liberdade de expressão e crítica ao apagamento cultural. Um dos melhores livros de ficção científica para leitores que valorizam ideias acima da ação.

O que eu achei

Bradbury escreveu um manifesto. É curto, intenso e angustiante e deveria ser leitura obrigatória nas escolas. Cada frase parece uma profecia.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Fahrenheit 451
  • Autor: Ray Bradbury
  • Editora: Biblioteca Azul
  • Tradução: Cid Knipel
  • Páginas: 216
  • Data de publicação: 1 junho 2012

13 – O Conto da Aia (Margaret Atwood)

O Conto da Aia (1985) traz o mundo de Gilead, onde as mulheres perderam todos os direitos. Offred é uma “aia”, usada apenas para reprodução. Ela vive sob vigilância constante, sem saber em quem confiar, mas não desiste de resistir. A escrita de Atwood é poderosa e sutil, alternando entre memórias e presente, mostrando como regimes totalitários podem se instalar gradualmente.

Apesar de não se considerar uma autora de sci-fi, Atwood criou uma das distopias mais emblemáticas da história.

Para quem é recomendado?

Leitores que buscam crítica social e reflexões profundas sobre corpo, poder e religião. Um dos melhores livros de ficção científica com foco ético e político.

O que eu achei

Devastador e necessário. A escrita é seca, mas não fria. A sensação de sufocamento que o livro transmite é magistral.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: O conto da Aia
  • Autora: Margaret Atwood
  • Editora: Rocco
  • Tradução: Ana Deiró
  • Páginas: 368
  • Data de publicação: 7 junho 2017

14 – 2001: Uma Odisseia no Espaço (Arthur C. Clarke)

2001: Uma Odisseia no Espaço foi publicado pela primeira vez em 1968.

Há milênios, um misterioso monólito surge na Terra e influencia silenciosamente a evolução humana. Milhões de anos depois, outro artefato semelhante é descoberto enterrado na Lua, despertando a curiosidade científica. Para investigar, uma missão é enviada ao espaço sob o comando da HAL 9000, uma inteligência artificial avançada. Mas pequenas falhas no sistema levantam dúvidas inquietantes: algo está errado — e o verdadeiro enigma pode estar além da compreensão humana.

Clarke propõe que a ficção científica deve ser uma “literatura do espanto”, e aqui ele entrega exatamente isso.

Para quem é recomendado?

Leitores que gostam de ficção científica mais contemplativa, filosófica e visual. Um dos melhores livros de ficção científica para quem busca transcendência.

O que eu achei

É menos sobre enredo e mais sobre experiência. Fascinante, às vezes críptico, mas absolutamente hipnótico. HAL 9000 é um dos grandes personagens da história da literatura.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Uma Odisseia no Espaço
  • Autor: Arthur C. Clarke
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Jorge Candeias
  • Páginas: 336
  • Data de publicação: 7 dezembro 2020

15 – Planeta dos Macacos (Pierre Boulle)

Publicado em 1963, O Planeta dos Macacos traz Ulysse Mérou. Ele participa de uma missão espacial que o leva a um planeta onde símios dominam uma civilização avançada, e humanos vivem como animais irracionais. Mas o que parece uma crítica direta à evolução toma contornos mais profundos conforme a trama se desenrola.

Mais sofisticado do que os filmes, o romance discute cultura, linguagem, dominação e o quanto somos realmente civilizados.

Para quem é recomendado?

Leitores que gostam de ficção especulativa com ironia e crítica social. Um dos melhores livros de ficção científica clássica com leitura ágil e estrutura de fábula.

O que eu achei

Muito mais filosófico e elegante do que imaginava. A reviravolta final é de cair o queixo, mesmo para quem conhece o filme.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: O planeta dos macacos
  • Autor: Pierre Boulle
  • Editora: Aleph
  • Tradução: André Telles
  • Páginas: 256 páginas
  • Data: 30 de outubro de 2023

16 – Laranja Mecânica (Anthony Burgess)

Em Laranja Mecânica (1963), Alex é um adolescente violento, líder de uma gangue que aterroriza uma cidade futurista por puro prazer. Quando capturado, ele é submetido a um experimento governamental que promete “curá-lo” através da manipulação psicológica.

A linguagem criada por Burgess (o “nadsat”, uma gíria misturada com russo) cria uma barreira inicial, mas mergulha o leitor na mente do protagonista e na crítica feroz ao autoritarismo, ao condicionamento do comportamento humano e à própria noção de moralidade.

Para quem é recomendado?

Leitores que buscam um dos melhores livros de ficção científica com foco na ética, psicologia e crítica social. Também indicado para fãs de distopias provocativas.

O que eu achei

Um soco literário. Difícil, desconfortável e necessário. A linguagem incomoda no começo, mas se transforma em parte da experiência. O final é muito mais filosófico do que o filme deixa transparecer.

Ficha técnica:

  • Título: Laranja Mecânica
  • Autor: Anthony Burgess
  • Editora: Aleph
  • Tradução: Fábio Fernandes
  • Páginas: 288
  • Data de publicação: 20 junho 2019

17 – Perdido em Marte (Andy Weir)

Publicado em 2014, Perdido em Marte traz o astronauta Mark Watney que é deixado para trás em Marte após uma tempestade obrigar sua equipe a abortar a missão. Considerado morto, ele precisa usar seus conhecimentos em botânica, engenharia e muita criatividade para sobreviver até que uma nova missão consiga resgatá-lo.

A escrita é ágil, cheia de humor e detalhes técnicos, mas sem se tornar inacessível. Um dos melhores livros de ficção científica contemporânea para quem ama ciência aplicada.

Para quem é recomendado?

Perfeito para leitores que buscam uma ficção científica divertida, otimista e baseada em ciência real. É uma ótima porta de entrada para o gênero.

O que eu achei

É puro prazer de leitura. Rápido, envolvente e incrivelmente nerd. Watney é um dos protagonistas mais carismáticos da ficção moderna.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Perdido em marte
  • Autor: Andy Weir
  • Editora: Arqueiro
  • Tradução: Edmundo Barreiros
  • Páginas: 336
  • Data de publicação: 17 outubro 2014

18 – Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)

Publicado originalmente em 1932, Admirável Mundo Novo descreve uma sociedade futurista onde a estabilidade social é alcançada por meio da engenharia genética, do condicionamento comportamental e da supressão de emoções.

Não existem famílias, amor, religião ou sofrimento: todos são felizes, desde que não pensem demais. Os bebês são gerados em fábricas, divididos em castas biológicas e ensinados a obedecer desde o berço. No centro da narrativa está Bernard Marx, um homem da casta alfa que começa a questionar o sistema, especialmente após visitar uma reserva de “selvagens”, onde os costumes antigos ainda sobrevivem.

Huxley antecipa temas como manipulação da mídia, medicalização da felicidade, consumo compulsivo e a alienação produzida por sociedades que trocam liberdade por conforto.

Para quem é recomendado?

Leitores interessados em distopias políticas, críticas ao consumismo e reflexões filosóficas sobre liberdade, identidade e autonomia. Um dos melhores livros de ficção científica para quem busca não só entretenimento, mas também provocações profundas sobre o futuro da humanidade.

O que eu achei

A distopia de Huxley é sutilmente assustadora. Ao contrário de 1984, que impõe repressão, Admirável Mundo Novo conquista pela sedução. É um livro que te faz pensar: o que é pior viver sem liberdade sob dor, ou sem liberdade sob prazer? A crítica ao conformismo e ao excesso de conforto ainda ecoa com força hoje.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: Admirável Mundo Novo
  • Autor: Aldous Huxley
  • Editora: Biblioteca Azul
  • Tradução: Vidal de Oliveira
  • Páginas: 312
  • Data de publicação: 1 janeiro 2014

19 – Silo (Hugh Howey)

Em Silo (2013), a humanidade vive há gerações dentro de um gigantesco silo subterrâneo. O ar do lado de fora é tóxico — ou pelo menos é o que dizem. Mas quando uma mecânica chamada Juliette começa a investigar a morte misteriosa do xerife, descobre segredos que podem desestabilizar toda a estrutura da sociedade.
Com capítulos curtos, cliffhangers e reviravoltas, Silo mistura ficção científica e suspense como poucos.

Para quem é recomendado?

Quem gostou de Jogos Vorazes ou Maze Runner, mas procura algo mais adulto e sofisticado. Também é ideal para fãs de thrillers com pegada tecnológica.

O que eu achei

A ambientação é fantástica e a tensão vai crescendo até explodir. Um sci-fi moderno que funciona muito bem mesmo para quem não é fã do gênero.

Ficha técnica:

  • Título: Silo
  • Autor: Hugh Howey
  • Editora: Intrínseca
  • Tradução: Edmundo Barreiros
  • Páginas: 634
  • Data de publicação: 17 março 2014

20 – O Problema dos Três Corpos (Cixin Liu)

O Problema dos Três Corpos (2006) é, sem dúvidas, a série de livros de ficção científica mais hypada dos últimos anos.

Durante a Revolução Cultural na China, uma jovem física chamada Ye Wenjie testemunha a morte de seu pai e é enviada para uma base militar ultrassecreta. Lá, ela faz contato com uma civilização alienígena que vive em um sistema estelar instável: os trisolarianos, vítimas de ciclos de destruição periódica.

Anos depois, cientistas na Terra começam a se suicidar misteriosamente, e um jogo de realidade virtual chamado “Três Corpos” começa a conectar esses eventos com algo muito maior: uma ameaça vinda do espaço.

Com física de ponta, mistério, política e filosofia, essa é uma das narrativas mais ambiciosas da ficção científica recente.

Para quem é recomendado?

Leitores que buscam uma obra densa, cerebral e com forte embasamento científico. É um dos melhores livros de ficção científica para quem aprecia ideias complexas, questões sobre humanidade e consequências cósmicas de nossas escolhas.

O que eu achei

Apesar da proposta grandiosa e do mérito de popularizar um conceito físico complexo, achei a primeira metade arrastada. O suspense que a obra quer gerar é destruído pela própria sinopse, mas a parte da ficção científica é muitíssimo interessante. Reconheço o valor da obra, principalmente pela ambientação na China e pela forma como ela escapa dos clichês ocidentais.

Ficha técnica da edição brasileira:

  • Título: O problema dos 3 corpos
  • Autor: Cixin Liu
  • Editora: Suma
  • Tradução: Leonardo Alves
  • Páginas: 320
  • Data de publicação: 2 setembro 2016

Conclusão

Se você chegou até aqui, agora tem um guia completo com os melhores livros de ficção científica para começar ou aprofundar sua jornada no gênero. São 20 obras com estilos, temáticas e níveis de complexidade diferentes: da filosofia de A Mão Esquerda da Escuridão à ação de Guerra do Velho, passando pelas distopias de 1984 e Fahrenheit 451, pelos clássicos de Asimov e Le Guin, e por sucessos modernos como Silo e Perdido em Marte.

Gostou da nossa nova versão da lista de melhores livros de ficção científica (deixando de lado os clássicos)? Sua opinião é muito importante para que continuemos a explorar diversos universos. Não se esqueça de marcar @osmelhoreslivros no Instagram caso você esteja lendo alguma recomendação do blog! Assim, a gente reposta você 😊

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Ficção Científica!

4 comentários em “Os 20 Melhores Livros de Ficção Científica Para Ler em 2025”

  1. Excelente lista, sou apaixonada pelos livros de ficção científica, comecei na época por Jurassic Park, depois de ver o filme, o livro é muito superior em detalhes. Fundação sem dúvidas é o meu favorito, seguido talvez por Guerra dos Mundos e Da Terra a Lua, inspiradores para a época em que foram escritos! No momento estou lendo Resolute e o próximo da lista já está O problema dos 3 corpos.

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