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A Bailarina de Auschwitz – Edith Eger [Resenha]

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Neste texto, fizemos uma resenha de A Bailarina de Auschwitz de Edith Eger. A obra versa sobre uma sobrevivente, traz uma história comovente e é uma verdadeira obra de arte.

A Bailarina de Auschwitz vivido, escrito e lançado em 2017 por Edith Eger, conta a inesquecível e impressionante história de quando ela era uma jovem moça e brilhante ginasta de 16 anos que foi enviada junto de sua família a Auschwitz após o exército alemão invadir o vilarejo em que morava na Hungria. Lá sofreu os mais terríveis horrores da guerra e do Holocausto. Seus pais foram imediatamente encaminhados à câmara de gás assim que chegaram, mas ela e a irmã sobreviveram e fizeram de tudo para poderem ficar juntas durante todo o tempo em que permaneceram naquela localidade desconhecida. 

O livro conta do início ao fim com os relatos e lembranças de Edith desde sua juventude e sua vida cotidiana, até os dias atuais, onde agora atua como psicóloga. Antes, é claro, ela narrou todo o processo que diz respeito ao seu sofrimento diário como prisioneira de Auschwitz e como se manteve firme ao lado da irmã, relatando como conseguiram permanecer unidas apesar de todo o caos reinante ao redor delas, além de todo o autoconhecimento dolorido que enfrentou antes de se curar completamente.

Ao final da guerra e do terror, Edith foi encontrada pelos soldados americanos em uma pilha de corpos dados como mortos, onde ela também se encontrava à beira da morte. Essa cena é bem interessante porque um dos soldados a alimenta com um chocolate m&m’s e a descrição da ex-bailarina a respeito da sensação do doce na língua é emocionante. 

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Sofrimento e Trauma

Continuamos nossa resenha de A Bailarina de Auschwitz ressaltando que, após sobreviver àquele aterrorizante pesadelo, quando enfim já estava livre daquela prisão, Eger passou a sofrer os mais diversos sintomas do estresse pós-traumático e apenas depois de completar meio século de vida, iniciou seu longo, lento e doloroso processo de cura e finalmente encontrou o perdão e a paz que tanto precisava para seguir com a vida.

Apesar de ter passado por tanto sofrimento e humilhação nas mãos dos cruéis nazistas, e de todos os anos que teve de enfrentar lidando com as lembranças e a culpa que carregou nos ombros sobre as escolhas que fez durante aquele tempo, ela enfim escolheu perdoá-los e seguir vivendo com júbilo.

É realmente raro encontrar um sobrevivente que passou por tudo isso e conseguiu olhar para trás sem rancor e desejo de vingança por terem arrancado da raiz seus mais profundos desejos e sonhos e a vida que levava tranquilamente com a família. É impressionante ver a história de Edith e observar que aos poucos ela passa a olhar para trás e entender que tudo o que passou não é considerado nada mais que o passado.

Psicóloga e Palestrante

Apenas depois de encontrar um amor e iniciar sua nova história com uma nova família, sendo uma mulher adulta, esposa e mãe, Edith decidiu cursar psicologia. Tendo altos e baixos, é visto que em alguns momentos desesperadores onde se enclausurar era a melhor opção, a ex-bailarina pensou em desistir, mas com perseverança hoje ela é uma das mais renomadas doutoras da Califórnia, onde sua clínica está instalada e onde atende até hoje. 

Ela também já ofereceu incontáveis palestras motivacionais para veteranos de guerra e vítimas de traumas físicos e emocionais. E diariamente em seu consultório transformando a vida de jovens casais, filhos abalados, famílias desestruturadas e mulheres vítimas de violência doméstica, junto com tantos outros que precisaram se reerguer e enfrentar a dor para atingir a liberdade da alma que é o grande objetivo de Edith. Aos 90 anos escreveu este livro que foi um grande sucesso mundial.

Eger foi a heroína da própria história, ela encontrou paz, encontrou amor e encontrou uma forma de ajudar os outros sem se destruir após seu conturbado pesadelo em Auschwitz… Houve é claro momentos de pânico e pressão em que ela não sabia o que fazer com sua própria vida e até com ela mesma, mas com determinação e a ajuda das pessoas ao seu redor que se importaram com ela e simplesmente não desistiram facilmente, nossa bailarina escalou sua montanha e passou a apreciar a vista.

a bailarina de auschwitz

Um Livro Necessário

Edith Eger trouxe para o mundo um livro super importante, lindo e comovente que traz esperança. Para quem se interessou e um dia decidir ler essa extraordinária obra, já saiba que porvindouros momentos de tristeza o acometerão meu caro leitor, pois você sentirá na pele o sofrimento dessa incrível guerreira. No entanto, também vai experimentar a satisfação de saber que essa maravilhosa bailarina alcançou sua liberdade e encontrou a felicidade em ajudar os outros e principalmente em ter por perto pessoas que a amavam e a protegiam. A Bailarina de Auschwitz é um livro pesado que novamente mostra a realidade da crueldade humana, mas também mostra que a liberdade depende exclusivamente de nós mesmos.

Esse livro merece muito mais reconhecimento do que já tem, merece ser mais divulgado visto que ela mostra diferentes realidades, diferentes modos de vida, diferentes pessoas e as problemáticas que elas enfrentam corriqueiramente e que por vezes é simplesmente esquecido e deixado de lado como se não fosse nada. Eger por sua vez conta como conseguiu ajudar grande parte desses indivíduos e como trouxe diferentes perspectivas e soluções, mostrando assim que quem não conseguiu atingir a liberdade, era quem não ajudou a si mesmo a atingi-la.

Conclusão da Resenha de A Bailarina de Auschwitz

Concluímos essa resenha de A Bailarina de Auschwitz dizendo que este é um relato emocionante de suas memórias e de casos reais de pessoas que ela ajudou no decorrer de sua carreira. Uma lição de garra e superação ideais para quem se encontra perdido.

A narrativa traz uma visão positiva sobre a dor que cada um sente em suas lutas diárias. A autora busca ensinar aos seus leitores que a nossa própria dor não é maior, menor, melhor ou pior do que nenhuma outra e devemos entendê-la e respeitá-la sem fazer comparações de qualquer espécie.

A última coisa que escrevo é: leiam esse livro! A cada palavra inserida nessas páginas, uma história extraordinária é construída para que entendamos o quão importante é a busca pela paz, perdão e liberdade da alma por meio desse processo que a própria Edith passou. Um relato carregado de emoção de uma vida que poderia ter rumado a um caminho totalmente diferente. E se não fosse por sua resiliência, teria se tornado uma mulher entregue à dor e a raiva, mas optou por fazer a diferença e fazer história.

Dica final: outro livro impactante sobre o mesmo tema é O Menino do Pijama Listrado de John Boyne.

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2 comentários em “A Bailarina de Auschwitz – Edith Eger [Resenha]”

  1. Maria Celia da Silva Ormeneze

    Adrenalina pura. O coração parece que vai saltar do peito. Mesmo consciente que aconteceu há alguns anos. Mas, quem disse ou garante que nunca mais acontecerá? Tem gente que nunca leu e nem quer ler os dois principais mandamentos da lei de Deus. Cada vez mais tenho a certeza do 3 de Eclesiastes, Há, para todas as coisas, um tempo determinado por Deus. Não consigo imaginar como o ser humano pode ser tão mau com outro ser humano. Mas, apesar de todo sofrimento a Edith superou, venceu…
    A frase que a mãe falou e está gravada na mente e coração dela, serve para todos nós “Não sabemos para onde estamos indo, não sabemos o que vai acontecer, mas ninguém pode tirar de você o que você põe em sua própria mente”. E tenho comigo que, ninguém tira porque a porta da nossa mente e do nosso coração, só tem maçaneta pelo lado de dentro. E, só eu tenho a chave.

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