o menino do pijama listrado resumo

O Menino do Pijama Listrado de John Boyne [Resenha]

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Vamos iniciar a nossa resenha de O Menino do Pijama Listrado com uma pergunta: Quem decidia quem usava os pijamas e quem usava os uniformes?

A obra de John Boyne, lançada em 2006, é um livro infanto-juvenil que retrata a Segunda Guerra Mundial na perspectiva inocente de duas crianças de origens distintas e que coincidentemente nasceram no mesmo dia. Representando, assim, a simetria dos dois lados da cerca.

O livro é dividido em vinte capítulos curtos e títulos que além de despertarem a curiosidade do leitor, também já oferecem uma ideia do que será lido mais adiante.

A história se inicia quando Bruno, um garoto alemão de oito anos, e sua família se mudam de Berlim para residirem próximos a um campo de concentração, provavelmente Auschwitz, mas isso nunca é confirmado no decorrer do livro. O jovem possui incontáveis perguntas e as respostas que obtém nunca são o suficiente, já que ele procura entender porque estão se mudando sendo que já possuem tudo. 

A única informação que Bruno recebe é que seu pai, um oficial do exército alemão, ganhou uma grande promoção e que o “Fúria” (Führer) contava com ele para cumprir esse importante papel. Imediatamente seu pai passou a ser chamado de Comandante pelos criados e outros soldados da casa.

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Todos Pareciam Contentes… Exceto Bruno

o menino do pijama listrado

Começamos com um resumo de O Menino do Pijama Listrado. Já na nova casa, Bruno sente-se desgostoso e solitário, pois não há mais a presença e agradável companhia de seus três melhores amigos, sendo eles Karl, Daniel e Martin. A casa também não contava com o grandioso corrimão (como no casa de Berlim) para que pudesse escorregar nele sempre que quisesse. Além do mais, sua irmã Gretel era um “caso perdido”, e com quem Bruno não tinha muita afinidade.

Ao adentrar seu quarto pela primeira vez, Bruno se interessa pela janela na qual ele não precisa ficar na ponta dos pés para poder enxergar do lado de fora como fazia em sua casa em Berlim. Porém o que vê através do vidro o surpreende. Para Bruno, eles estavam vivendo perto de uma grande fazenda de terra estéril e com cercas de arame farpado por todos os lados. Ao longe, ele avista pequenas cabanas de madeira. E pessoas… pessoas com uniformes listrados que o garoto entende como pijamas.

O Orientador

Quando Ralf, o pai de Bruno percebe a solidão de seus filhos, decide contratar um orientador para dar-lhes aulas particulares. O professor era apaixonado por história, especialmente sobre assuntos relacionados à história de sua pátria. Herr Liszt ao perceber o grande interesse de Bruno pelos livros de aventura e cavaleiros, decide entregar em suas mãos um livro da história nazista. Segundo ele, apenas a história verdadeira era importante.

Gretel, a irmã mais velha facilmente foi manipulada a gostar dessas histórias e, com o passar do tempo, abandonou suas adoradas bonecas para começar a viver apenas de seus estudos. Pregando ódio aos judeus, imaginando-os como lixo que deve ser descartado, a garota estava sempre colando nas paredes de seu quarto mapas e posters nazistas. Além de continuamente trazer para as aulas novos assuntos a serem discutidos a partir dos jornais que lia diariamente.

Bruno por sua vez, apesar de tentar, não conseguia entender o que o orientador lhe ensinava. Mesmo ao fazer perguntas pertinentes à matéria dada, ele não compreendia o que significava a superioridade da raça ariana e não entendia o porquê de os judeus não serem considerados pessoas e qual era a verdadeira razão de vestir os pijamas listrados enquanto eles não.

O Melhor Amigo

Seu hobby favorito é a exploração. Seu desejo é ser um grande explorador quando crescer e o faz com empenho enquanto ainda é criança. Em uma de suas aventuras, ele encontra um garoto usando um pijama listrado do outro lado da cerca e que se chama Shmuel, um garoto judeu que se torna seu melhor amigo rapidamente. A partir daquele dia, Bruno o visita na tentativa de brincarem juntos, mas tudo que conseguem é conversar e questionar as situações em que se encontram.

Shmuel, como qualquer outro judeu em um campo de concentração, passa fome e é forçado a trabalhos brutais e sem descanso. Assim que encontra um momento oportuno ele foge até a ponta da cerca e espera pelo outro garoto diariamente. Em suas visitas, Bruno sempre arranja um jeito de trazer alguma guloseima para o amigo que devora seu alimento em poucos segundos.

Personagens Secundários

Outros personagens que participam da história são: Elsa, mãe de Bruno, e uma das personagens mais enigmáticas do livro. Mulher amargurada que passa seu tempo dormindo e embebedando-se e sem perceber que com suas ações acaba abandonando os filhos sem notar o que fazem em seus tempos livres; há também o preconceituoso Tenente Kotler, um rapaz jovem e forte de dezenove anos que serve o exército nazista, o Comandante e sua família. Odiado por Bruno, ele maltrata os judeus com satisfação e em seu tempo livre flerta com Gretel. E por último e nem por isso menos importantes, os pais de Ralf – avós de Bruno e Gretel – que aparecem em poucos momentos da história, mas que trazem uma boa percepção da diferença de pensamento daquela época. Enquanto o avô é um homem extremamente patriota e orgulhoso do que o filho se tornou, a avó sente asco do que Ralf faz em nome de Hitler e da Alemanha.

Conclusão da Resenha de O Menino do Pijama Listrado

Concluímos nossa resenha de O menino do pijama listrado ressaltando que esse é um livro tocante, assim como todas as obras dessa temática e que dizem respeito às atrocidades que o ser humano é capaz de cometer em nome de um propósito. E mais do que tudo: fazer com que os leitores reflitam e sintam emoções que estão para lá de serem compreendidas. Crueldades como essa não possuem explicação ou sequer uma justificativa.

Portanto, tudo que um leitor irá observar facilmente no decorrer dessa linda e comovente história é a inocência desses dois amigos. Uma inocência extraordinariamente encantadora.

John Boyne trouxe para o mundo uma narrativa cativante e leve que torna a leitura fluida e atraente para leitores de variadas idades. Conseguindo assim, tratar de um assunto histórico tão obscuro de uma maneira menos desagradável. Ele definitivamente acertou em sua escrita simples. 

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