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Silo – Ordem da Trilogia Distópica de Hugh Howey

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Olha, se tem um gênero literário capaz de nos fazer cair em profundos pensamentos e profundas reflexões sobre a sociedade, este gênero é a ficção distópica. The Wool Trilogy — nome oficial da trilogia de Hugh Howey — traz um cenário único, em um futuro que só uma imaginação tão perspicaz poderia pensar. Assim, hoje vamos conversar sobre a ordem dos livros de Silo.

Originalmente, esta obra foi publicada em formato digital pelo autor norte americano. Então, o e-book começou a alcançar números surpreendentes de vendas, o que rapidamente chamou a atenção das editoras. Assim, a Simon & Schuster foi a empresa que venceu a corrida pela  aquisição dos direitos da série. No Brasil, a Intrínseca foi a editora que trouxe o título para nós.

Silo se tornou um grande best-seller, atingindo uma quantidade imensa de leitores por vários países do mundo e tornando o nome de Hugh, que publicou sua obra por conta própria, extremamente importante no meio literário.

A obra traz um cenário que exemplifica perfeitamente o mundo pós-apocalíptico que a humanidade teme. Na superfície, observa-se no horizonte uma vastidão inanimada, que carrega os vestígios de um planeta que já foi embelezado por cidades iluminadas e cheias de vida. Nesta terra inabitável, a possibilidade de sobrevivência fica escondida em um subterrâneo hostil, onde a convivência é temperada por mentiras, intrigas, malícias, armações e imposições autoritárias.

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Ordem Dos Livros da Trilogia Silo

1 – Silo

Silo

Silo é o primeiro livro na ordem da série. Aqui, os leitores são apresentados a uma distopia que chega ser melancólica. Silo é nada menos que um prédio subterrâneo com 144 níveis. Isso mesmo, uma monstruosidade que, apesar de ser extremamente hostil, é o motivo de alguns seres humanos ainda estarem vivos.

Apesar de estarmos falando de um mundo pós-apocalíptico, o Silo é um lugar de extrema organização. Cada andar é responsável por um aspecto necessário da existência humana. Um andar é para a geração de energia, outro para produção de alimentos, outros ficam com as áreas tecnológicas e por aí vai…

Assim, cada habitante do Silo aprende logo o seu lugar na comunidade, e aprende a se tornar mais uma peça importante para as engrenagens que mantém tudo funcionando.

Além destas profissões mais básicas, existem também os cargos administrativos, como os agentes da lei em geral. A lei, por sinal, que é descrita no chamado Pacto, é extremamente rigorosa, principalmente no tocante a pior das transgressões: o desejo de sair do Silo. Este assunto é tratado com tanto cuidado que até mesmo comentar sobre isso pode ser perigoso.

E a condenação dos transgressores pode ser fatal; eles podem acabar sendo enviados para a limpeza. Bom… De tempos em tempos, alguns “delinquentes” são enviados  para o lado de fora do Silo para limpar as câmeras que registram a situação da superfície. Então, eis o grande mistério: se, fora do Silo, as autoridades não têm mais nenhum poder sobre os transgressores, por que até hoje nenhum deles descumpriu sua função e deixou de limpar as câmeras?

Hugh nos apresenta um mundo confinado, em um clima denso, onde observamos os conflitos, os cenários e a situação lastimável através dos olhares de personagens cativantes muito bem aprofundados pelo autor. Há aqueles que odiamos e há aqueles que amamos… 

Esta obra é simplesmente um sucesso  da autopublicação, sendo eleito pelo Review o melhor book independente de 2012, atingindo a famosa lista do The New York Times e vendendo mais de 600 mil exemplares em sua primeira edição.

2 – Ordem

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Este é o segundo volume na ordem dos livros de Silo. Neste segundo volume, os leitores têm muito mais explicações sobre a catástrofe que tornou o planeta uma imensidão de ruínas. A narrativa de Hugh segue dando saltos entre tempos, perspectivas e silos, o que dá uma dinâmica muito interessante à leitura.

Em um flash, o autor nos apresenta um pouco sobre como andava o mundo antes da grande destruição. Em 2049, Donald Keene acabara de ser eleito deputado estadual. Um arquiteto habilidoso, que adentrou na carreira política com a intenção ingênua de fazer a diferença.

Então, o senador Thurman, que estava à frente de um projeto ultra secreto, chama o Sr. Keene para fazer parte. Ele precisaria projetar um super edifício cilíndrico subterrâneo com o intuito de ser um refúgio em caso de uma catástrofe, já os ânimos das nações estavam ficando cada vez mais aflorados e armas altamente tecnológicas seriam capazes de destruir o mundo em poucos minutos. No entanto, o que era passado para as mídias é que os silos teriam a função de armazenar lixo nuclear.

Assim, Ordem é um livro que não segue a linearidade, como uma continuação do primeiro livro. Invés disso, retorna ao passado  para explicar aspectos importantes do universo criado pelo autor.

Depois de os leitores terem observado o mundo antes das bilhões de mortes provocadas pela contaminação do planeta, somos levados 2110. Troy é acordado de um “sono” de anos, que é possível devido uma tecnologia de congelamento que mantém seres humanos vivos por muito tempo. Ele vai assumir seu posto por 6 meses e, então, voltará para seu “sono” profundo, em uma monótona existência, regida por algoritmos, regras e nada mais… Como se o pleno significado de “estar vivo” tivesse desaparecido! Sem famílias, sem memórias, existindo apenas para manter a ordem dos silos.

Ainda mais que no primeiro livro, Hugh Howey torna sua distopia ainda mais convincente com esse volume, nos fazendo até mesmo pensar se há possibilidade de um futuro parecido para a humanidade, já que inúmeros conflitos entre poderosas nações vêm se levantando nos últimos anos.

3 – Legado

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O legado é o terceiro volume da ordem dos livros de Silo. Com este volume, Hugh entrega um desfecho à altura de sua obra prima. A narrativa do autor segue alternada, como de costume, e saltando entre os silos 18, 17 e 1, que é onde ficam as pessoas responsáveis pela idealização do sistema dos silos.

Uma das perspectivas principais desta trama é a de Juliette, nossa querida heroína, que cresceu por áreas inóspitas daquele ambiente lacrado, tendo sofrido consequências do massacrante Pacto. Uma operária que, todavia, chega ao posto de prefeita do Silo 18.

Nestes tempos em que a humanidade teve de se isolar do mundo exterior em um ambiente claustrofóbico, certamente os ânimos da população são facilmente afetados. Dessa forma, Juliette provocou um grande rebuliço com sua decisão extremamente controversa de perfurar o fundo do silo para chegar ao Silo 17, onde supostos sobreviventes estariam em uma situação calamitosa, sem recursos e parcialmente alagados. 

Sua atitude é vista com desconfiança e, logo, o medo começa a se espalhar à medida que as bocas e ouvidos se comunicam.

Em outro arco, estão os idealizadores e responsáveis por esse “organizado” sistema de silos, que conhecemos melhor no segundo livro da trilogia. Agora, observamos alguns destes arrependidos pelos erros que cometeram, querendo consertar as coisas. Além disso, finalmente, começa a surgir um movimento que procura saber se há possibilidade de sobrevivência na superfície.

Vagarosamente, vamos observando os arcos se entrelaçando na narrativa, já que Juliette empreende sua busca pelos sobreviventes do Silo 17 e, ao mesmo tempo, lida com transmissões vindas do  Silo 1. Um homem chamado Donald, que alega ser um líder, se diz disposto a ajudar. No entanto, essa mesma voz é capaz de fazer ameaças assustadoras.

Então, mesmo  que Juliette não confie nenhum pouco nele, talvez Donald seja a chave para a salvação da espécie humana; e, além disso, as opções estão ficando escassas. De fato, um momento determinante está se aproximando, e logo vamos descobrir se a humanidade poderá continuar existindo ou será extinguida de vez.

Conclusão 

Está aí! Este foi um artigo sobre uma das distopias mais emocionantes dos últimos tempos. De um autor que quebrou barreiras no mercado literário e chegou até as prateleiras das livrarias e bibliotecas digitais por todo o mundo. Uma ficção que é e sempre será única, que chega a amedrontar um pouco pelo seu pezinho na realidade, e que certamente servirá de inspiração para muitas outras que virão.

Enfim… Uma recomendação de leitura que faço sem medo!

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