1808 resenha

Resenha de 1808: A Vinda da Família Real ao Brasil

Neste texto, você irá ver uma resenha de 1808, um livro de não ficção escrito pelo jornalista brasileiro Laurentino Gomes e publicado em 2007. O livro narra a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte durante as Guerras Napoleônicas. A obra aborda os aspectos históricos, políticos, sociais e culturais desse período e descreve o impacto que a chegada da corte portuguesa teve no desenvolvimento do Brasil.

O livro foi muito bem recebido pelo público e pela crítica, tornando-se um best-seller no Brasil. Ele é considerado o primeiro volume da trilogia “1808, 1822 e 1889”, na qual Laurentino Gomes aborda diferentes momentos importantes da história do Brasil. Os outros dois livros da trilogia focam na independência do Brasil em 1822 e na Proclamação da República em 1889.

Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil? Este é o intrigante título do primeiro livro da trilogia de Laurentino Gomes, que narra mais especificamente a chegada da família real portuguesa ao solo brasileiro. Descrevendo fatos curiosos e consequências desse acontecimento que marcou os dois territórios de forma imprescindível.

Visto que para se entender o presente, deve-se primeiramente revisitar o passado, este livro definitivamente é obrigatório para os brasileiros que querem entender a fase anterior à que nossa nação foi subjugada.

Escrito e publicado em 2008, exatamente 200 anos exatos desde o verdadeiro acontecimento, o livro de 414 páginas detalha a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte a Portugal, e a transferência da corte para sua colônia (Brasil), que logo se tornaria Reino Unido (composto pela união entre Portugal, Brasil e Algarves), em decorrência da vinda de D. João e sua família que estava plenamente temerosa do poderoso exército francês durante o período napoleônico.

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Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

O período destacado entre 1808 a 1821 foi denominado Período Joanino, e que retrata justamente o momento em que o Brasil se tornou Reino Unido com Portugal e Algarves. O que torna tudo mais genial é o fato de não ser uma leitura maçante como na maioria dos textos acadêmicos. A narrativa que Laurentino traz não torna suas descrições monótonas, e sim inteiramente fluídas e de fácil entendimento, já que o autor disponibiliza os capítulos de forma curta e rápida, acelerando de fato o progresso da leitura.

Logo de início, o historiador deixa bem claro os motivos pelos quais desencadearam a vinda da corte portuguesa para o Brasil, destacando as guerras ocorridas por lá e a crueldade dos nobres portugueses em deixarem seu próprio povo à mercê dos franceses – que ficaram completamente abandonados e indefesos – e de Napoleão Bonaparte que tinha como objetivo principal romper de uma vez por todas os laços entre portugueses e ingleses e a economia da Inglaterra ao bloquear os principais portos de Portugal (Bloqueio Continental, decretado pelo general francês em 1807) – o mais cômico disso tudo é que livros escolares e de estudos sociais descrevem esses momentos primordiais como algo extremamente belo e sem qualquer tipo de adversidade.

A Fuga

A sequência da fuga é detalhada ao mostrar a rotina da família real enquanto ainda estavam a caminho do Brasil e em alto mar. E é no mínimo caricato ler os apuros e dificuldades, tanto higiênicos como violentamente ameaçadores que eles sofrem durante todo o trajeto. Além da inevitável falta de sorte com os ventos e a demora de ancorar próximos à costa. Com toda certeza, os brasileiros da época sentiram-se totalmente decepcionados ao verem a família real chegar ao Rio de Janeiro em um estado deplorável.

Os relatos também trazem de maneira nítida e hilária as mudanças que os portugueses trouxeram à colônia e a forma como tentaram impor isso aos habitantes que viviam em território brasileiro. Como por exemplo: nas construções que tentaram “copiar” buscando representar ao máximo as estruturas de Portugal, além dos costumes, vestimentas, formas de se portar, na culinária, entre muitos outros. Mas como o Brasil é o Brasil, deixou-se bem claro que não seria tão simples assim e muito menos fácil adequar tudo ao modo de vida português.

O livro também ressalta a predominância da escravidão no comércio local. Além disso, os esforços de D. João para melhorar os meios de comunicação e transporte, as estradas e criar a unificação de um exército forte acabaram por facilitar ainda mais esse abominável comércio. 

O Líder Caricato

1808

É também importante ressaltar na nossa resenha de 1808 que D. João e sua família são retratados em suas caricaturas. Por exemplo, D. João mostra-se um líder extremamente medroso, indeciso, que comia uma grande quantidade de frango por dia (e guardava os ossinhos em seus trajes nunca trocados), que seus criados tinham que costurar o tecido de sua roupa em seu próprio corpo enquanto dormia ou ainda que em seus 58 anos de vida, teria tomado apenas três banhos. 

As Pinturas

Outro ponto que vale ressaltar foi a jogada perfeita da editora Planeta que acertou em cheio ao adicionar imagens (principalmente as famosas pinturas de Jean-Baptiste Debret), o que além de tornar as páginas desse livro mais esplêndidas, ainda acrescenta conhecimentos à mais no decorrer da história, o que na minha opinião eu achei sensacional.

Sobre o Autor 

José Laurentino Gomes é um grande escritor brasileiro. Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e tornou-se famoso graças à sua autoria do best-seller 1808. Ele também trabalhou como repórter e editor de alguns órgãos de comunicação como o jornal O Estado de São Paulo e a revista Veja.

Conclusão da Resenha de 1808

Ao final da história, devo admitir que me senti um pouco envergonhada a respeito do processo histórico brasileiro. o meu ensino primário eu já sentia esse tipo de sentimento, mas após o término dessa leitura, consegui identificar outros pontos que antes nunca tinha percebido. O Brasil de hoje é muito semelhante ao Brasil do século XIX, mas não vou entrar em detalhes porque é interessante você leitor identificar esses pontos no decorrer de sua própria leitura e criar sua própria linha de pensamento. 

Concluímos que ler Laurentino Gomes é sinônimo de conhecimento. O historiador se provou um ótimo pesquisador e escritor ao apresentar esse livro bem estruturado, principalmente ao considerarmos as referências bibliográficas contidas ao final dessas páginas que mostram que não houve quase nenhuma interferência das ideias do autor, e sim o desejo de contar a verdade nunca antes tão detalhada. 

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