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Outsider: Horror Sobrenatural Pelos Olhos de King [Resenha]

Outsider é um livro de suspense e horror sobrenatural escrito por Stephen King e publicado em 2018. A história acompanha a investigação de um crime hediondo em uma pequena cidade de Oklahoma. Terry Maitland, um treinador de beisebol e professor de inglês muito querido na comunidade, é acusado do brutal assassinato de um menino. As evidências contra ele são esmagadoras, incluindo DNA e testemunhos de pessoas que o viram no local do crime, mas à medida que a investigação avança, fica claro que há mais nesse caso do que aparenta. Neste texto, você irá acompanhar uma resenha de Outsider para melhor compreensão da obra! 

O protagonista da história é o detetive Ralph Anderson, que está convencido da culpa de Terry e lidera a investigação contra ele. No entanto, à medida que ele aprofunda sua investigação, ele começa a descobrir uma força sombria e sobrenatural que pode ser responsável pelo crime. Essa força, conhecida como o Outside, pode mudar de forma e manipular as mentes das pessoas com quem entra em contato, tornando impossível identificá-lo ou capturá-lo.

À medida que a investigação continua, Ralph e sua equipe são forçados a confrontar suas próprias crenças e preconceitos, bem como as limitações de sua compreensão do mundo ao seu redor. O romance explora temas de bem e mal, justiça e vingança, e o poder da crença e da percepção.

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Stephen King

Stephen King é um famoso escritor norte-americano que ocupa o 9º lugar dentre os autores mais traduzidos do mundo. Seus livros já venderam mais de 400 milhões de cópias em mais de 40 países e o autor também conquistou diversos prêmios importantes no decorrer de sua carreira.

Pai de filhos também escritores, King escreveu e publicou cerca de 62 livros, incluindo sete sob o pseudônimo de Richard Bachman, além de 12 coletâneas de contos e mais cinco livros de não-ficção. Além disso tudo, ele escreveu aproximadamente 200 contos, dos quais a maioria foi compilada em outros livros.

Os gêneros que King mais escreve são: terror, ficção, ficção sobrenatural e científica, suspense e fantasia. Uma grande variedade para fãs dos gêneros.

Stephen King também é notável por escrever seus famosos “finais ruins” em seus livros mais populares. O que gera tamanhas discussões, mas não abordaremos isso nessa resenha de Outsider. 

O interessante é que o autor é dono de grandes adaptações do cinema e das séries de televisão como dos livros: It, a Coisa; Carrie (A Estranha); O Cemitério; O Iluminado; A Torre Negra; entre muitos outros.

Isso não seria diferente com Outsider, que se tornou uma série da HBO com apenas uma temporada composta por dez episódios. Rumores sobre uma segunda temporada ainda correm por aí, mas nunca se sabe.

O Que Acontece em Outsider?

Outsider é um livro bastante recente, foi lançado em 22 de maio de 2018 e já tanto cativou quanto desagradou diversos leitores. O livro tem cerca de 530 páginas e foi publicado aqui no Brasil pela editora Suma que decidiu manter o título em inglês por não haver uma tradução específica para o português. Seria algo como “Forasteiro”, mas talvez pudesse perder a força que tem com Outsider.

A história de horror se passa na pequena cidade de Flint City, nos Estados Unidos. Um lugar calmo de acordo com a população… até o desumano homicídio de um de seus habitantes. Um garoto de 11 anos foi encontrado morto e sodomizado de uma forma brutal e completamente facínora de uma hora para a outra. O principal suspeito é o treinador da liga infantil de beisebol mais adorado da cidade: Terry Maitland. Testemunhas e evidências forenses na cena do crime apontam diretamente para ele, mas como acusar 100% um homem que tem um álibi perfeito? Terry estava em outra cidade no horário que o crime aconteceu, câmeras de segurança e digitais apontam que o treinador estava presente em uma palestra com os amigos professores. Poderia um homem estar em dois lugares ao mesmo tempo?

Terry Maitland, casado e pai de duas filhas, professor de inglês e treinador de beisebol é realmente o grande culpado dessa história toda? Realmente ele é o monstro assassino? Como uma pessoa tão admirada e conhecida poderia destruir sua vida boa praticando um crime tão hediondo e perturbador? Mesmo com o choque, o detetive Ralph Anderson não hesita em prender rapidamente o suspeito. Seu erro? A prisão foi efetuada em um dos principais jogos do treinador T. Consequentemente, com essa decisão, a cidade inteira fica sabendo que o “bom homem” não passava de um psicopata sádico. Sua vida nunca mais será a mesma  depois disso… e nem a de sua pobre família que passa a sofrer as terríveis consequências e a fúria dos habitantes de Flint City que descontam todo o rancor em cima da fragilizada esposa e suas assustadas filhas.

O Andamento da Narrativa

Stephen King intercala de forma inteligente logo no início do livro, os depoimentos das testemunhas com toda a narrativa principal. Essa é uma jogada esperta ao considerarmos o porquê de o detetive Anderson ter tomado as decisões que tomou. Mas mesmo assim, no decorrer da história, o leitor passa a se questionar se Ralph realmente acertou ao escancarar para a cidade inteira o crime de Maitland. Claro, a revolta de um crime tão repulsivo faz qualquer um querer acabar com a vida “pública” de um duas caras como Terry Maitland, mas talvez sua decisão não tenha sido uma das melhores.

Ralph Anderson é um policial inteiramente dedicado e apaixonado por seu trabalho. No entanto, ele se viu impulsionado em agir daquela forma por pensar que seu filho fora treinado por Terry no passado. E só de imaginar o treinador T o tocando já o deixava revoltado o suficiente para realizar tal ação sem pensar duas vezes. Seu sentimento paterno confundiu totalmente seu julgamento racional e profissional. Uma operação que poderia ter sido tranquila e discreta se tornou pública o suficiente para provocar a ira da população e a perseguição de jornalistas incômodos que tornaram a vida da família de Maitland impossível. Tudo que se seguirá no futuro será inteiramente culpa de Ralph e Bill, o promotor da cidade, que concordou com a decisão do colega detetive da polícia.

O sentimento de culpa irá tomá-lo no futuro e algumas sessões de terapia serão necessárias para Ralph, que tentará se redimir pela confusão causada em um momento de desespero e revolta. A questão é se as pessoas afetadas por essa decisão vão querer aceitar a redenção do policial depois do estrago feito.

A Investigação

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A investigação desse crime deveria ser o mais breve e simples possível, mas acaba se transformando em uma terrível corrida contra o tempo e contra a mente dos personagens, que irão se esforçar o máximo possível para entender a verdade por trás deste misterioso caso, que torna-se  complexo até mesmo para profissionais experientes da área. O objetivo de todos é entender e finalmente eliminar esse algo, alguém ou alguma coisa que ninguém sabe o que é na realidade, mas que quebra a visão e expectativa do mundo real, já que algo sobrenatural envolve toda a sequência de crimes que antecederam o acontecimento com o garoto de 11 anos e que ameaçou a estabilidade de Maitland e sua família.

O interessante é que normalmente não acreditamos no irreal, no sobrenatural. Acreditar nessas coisas seria como colocar em risco toda a realidade em que vivemos e as crenças que acreditamos e que são passadas de geração em geração por séculos. A sociedade moderna não leva mais em conta crenças fora das leis naturais. E essa representação é apresentada no livro quando Ralph Anderson passa a ter esse tipo de questionamento que basicamente será feito no decorrer de quase toda a trama, justamente por conta de o detetive sofrer certa dificuldade em colocar todo o seu entendimento de mundo em xeque.

No desdobrar-se da investigação mais provas contraditórias são encontradas. Provas essas que desafiarão a razão. Terry estava realmente na cena do crime ou em outra cidade curtindo com seus amigos? Nesse meio período, uma nova investigadora entra em cena (que devo admitir ter me conquistado imediatamente). E por já ter trabalhado com casos semelhantes, aceita com mais facilidade a ideia de estarem lidando com algo sobrenatural.

Conclusão da Resenha de Outsider

Concluímos a resenha de Outsider ressaltando que a genialidade de King é impressionante nessa narrativa. A forma como ele dispõe os capítulos e os entrelaça é harmônica a ponto de fluir e fazer total sentido para o leitor que aprecia esses gêneros. Basicamente é uma mistura interessantíssima entre romance policial e terror. É um testemunho da habilidade do autor em tecer narrativas complexas e envolventes, e criar personagens complexos e realistas que os leitores não conseguem deixar de torcer.

No entanto, esse terror realmente é assustador, eu nunca tinha lido um livro que me deixara tão tensa e sim, um pouco assustada também (devo admitir que cheguei até a olhar para os lados enquanto lia de noite com medo de ver uma criatura sobrenatural que poderia me causar algum mal a qualquer momento *risadas*). E é por esse motivo que Stephen King é um dos meus autores favoritos. E Outsider, para mim, é de longe uma das melhores obras de Stephen King.

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1 comentário em “Outsider: Horror Sobrenatural Pelos Olhos de King [Resenha]”

  1. Sem dúvida mais um livro do King que não decepciona os seus fãs de carteirinha como eu. Não sei se o autor da resenha sabe, mas a personagem que entra na investigação com o Det. Ralph Anderson, apareceu na escrita de King na trilogia que é iniciada com o Livro Mr. Mercedes. Sua aparição em Outsider é perfeita já que a mente dela funciona da maneira mais adequadas para lidar com este desconcertante crime e a confusão que ele faz na mente das pessoas que não gostam de pensar fora do mundo real e se recusa acreditar em algo que está fora do mundo natural. Como o resenhista eu recomendo fortemente essa obra e se puderem, leias a trilogia Mr. Mercedes.

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