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Lista de livros mais vendidos no Brasil gera polêmica nas redes sociais

Nos últimos dias, uma nova lista dos livros mais vendidos no Brasil reacendeu uma velha discussão nas redes sociais: a literatura de ficção estaria morrendo? Para entender toda essa repercussão, é importante olhar para os dados que originaram o debate.

A lista mais recente da PublishNews, referência absoluta no mercado editorial brasileiro, trouxe um retrato que pegou muita gente de surpresa: nenhum dos 10 livros mais vendidos do país é uma obra de ficção.

No lugar disso, o topo do ranking é dominado por livros de autoajuda, devocionais religiosos, títulos de influenciadores digitais e até mesmo livros de colorir para adultos — um gênero que muitos achavam ter sido uma febre passageira em 2015.

O choque não foi apenas entre leitores apaixonados por boas histórias, mas também dentro da comunidade literária como um todo. A booktuber Lu Malta foi uma das primeiras a levantar a questão. Na sequência, influenciadores como Paulo Ratz, o maior booktuber do país, engrossaram o coro de insatisfação.

Mas afinal, o que essa lista revela sobre o comportamento do leitor brasileiro em 2025? Será que as pessoas realmente deixaram de se interessar por narrativas ficcionais? Ou estamos apenas diante de mais um ciclo de consumo cultural, como tantos outros que já aconteceram? Será que é realmente o fim da ficção no Brasil?

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O que diz a lista de mais vendidos de 2025

Vemos que os livros mais vendidos do ano até agora seguem uma tendência clara: obras utilitárias e de consumo rápido. Livros devocionais, de autoajuda, escritos por influenciadores e até títulos de colorir para adultos compõem quase toda a lista, com destaque especial para a presença múltipla de um mesmo autor, Bobby Goods, que aparece nada menos que três vezes no top 10 com suas edições sazonais.

A ausência completa de ficção nesse ranking causou surpresa entre leitores e criadores de conteúdo, mas os números não deixam margem para dúvidas.

Veja os livros que figuraram no topo das vendas recentemente:

Nenhuma obra de ficção!

Esse fenômeno é novo? Spoiler: não.

Em 2015, a situação era semelhante. Livros como Jardim Secreto e Floresta Encantada, da ilustradora Johanna Basford, dominaram as listas de vendas com mais de 700 mil cópias vendidas cada — no auge da febre dos livros de colorir para adultos. Naquela época, também se anunciou o “fim da ficção”.

Mas o que veio logo depois?

  • A ascensão de autores como Itamar Vieira Junior, Carla Madeira e Jefferson Tenório
  • O fortalecimento de clubes como a TAG Livros
  • O boom de canais literários no YouTube e Instagram
  • A explosão de gêneros como romantasia e young adult com fenômenos como ACOTAR e Trono de Vidro
  • A redescoberta de clássicos e adaptações de sucesso em streamings

Ou seja: a ficção nunca morreu. Ela apenas deixou de ocupar, por um tempo, os holofotes comerciais.

O espírito do tempo: por que vendem tanto?

O que estamos vendo é um reflexo do momento cultural. Em um mundo acelerado, ansioso, e cada vez mais utilitarista, livros que prometem soluções rápidas, organização pessoal e alívio emocional acabam se destacando. Não é à toa que os maiores sucessos misturam espiritualidade, produtividade e relaxamento.

Mas isso não significa que a ficção esteja desaparecendo.

Ficção forma leitores, cria empatia, muda perspectivas. Ela pode até não estar no topo das listas, mas continua sendo o que mais marca quem lê.

A comunidade literária está mais forte do que nunca

Ao contrário de 2015, hoje temos uma comunidade viva nas redes sociais. YouTube, Instagram, TikTok e Telegram abrigam leitores apaixonados, que compartilham descobertas e mantêm viva a chama da literatura de qualidade.

Se você quer reverter esse cenário, a solução é simples: continue lendo, indicando, debatendo e apoiando a literatura de ficção.

Conclusão: a ficção não morreu!

A indignação nas redes é legítima. Mas é importante lembrar: listas de mais vendidos são retratos comerciais de um momento. Elas não definem o valor cultural da literatura.

Se você acredita no poder das histórias, continue apoiando os autores que te emocionam. Porque, mesmo fora dos holofotes, a boa literatura segue viva.

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FAQ – Perguntas frequentes sobre os livros mais vendidos!

Crédito de foto: Martin Vorel

7 comentários em “Lista de livros mais vendidos no Brasil gera polêmica nas redes sociais”

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