Não é novidade para ninguém que Meg Cabot sabe tecer uma narrativa de maneira envolvente e totalmente original. No entanto, ainda assim, em Insaciável, a autora cria uma história surpreendente, se engajando na onda dos mortos-vivos de dentes afiados e, por vezes, ironizando os dogmas da literatura vampiresca. Veja a ordem dos livros de Insaciável, uma obra espetacular!
Meg Cabot é uma escritora norte-americana, muito conhecida por seus livros voltados para o público jovem-adolescente. Sua obra mais notável é “O Diário da Princesa” (The Princess Diaries), que foi adaptada para as telas e se tornou um sucesso internacional.
O talento genuíno da autora já podia ser percebido desde quando ela tinha apenas 7 anos de idade, que foi quando ela escreveu seu primeiro conto, “Benny the Puppy” (Benny, o Cachorrinho), onde podemos ter alguma ideia sobre a infância difícil da Meg.
Meg Patrícia Cabot se formou em Artes na Universidade de Indiana, da cidade onde nasceu. Após sua graduação, se mudou para Nova York e tentou seguir carreira de ilustradora. Mas acabou trabalhando em diversas funções, antes de assumir a administração de um alojamento de estudantes da Universidade de Nova York. Enquanto isso, se dedicava à literatura em suas horas vagas.
Foi no ano 2000, então, que Meg lançou seu primeiro livro, o primeiro da série O Diário da Princesa. Naquele mesmo ano, iniciou outra de suas séries de grande sucesso, que se chama Mediadora. A partir daí, o nome Meg Cabot veio em grande ascendência até se tornar o que é hoje.
A renomada escritora trafega por diversos gêneros, como ação, suspense, romance, comédia, fantasia… E na série Insaciável, somos servidos com uma junção saborosa de vários destes elementos.
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1 – Insaciável
Insaciável é o primeiro livro na ordem da série, que carrega o mesmo nome. Publicado em 2010, o livro combina elementos de vampiros com uma abordagem moderna e humorística. Assim, no estilo mais característico de Meg Cabot, com diálogos afiados, referências atuais e sacadas inteligentes, acompanhamos Meena Harper.
Meena é uma roteirista de novelas que vive um momento um tanto delicado e frustrante em sua carreira. Ela acabou de perder a promoção de seus sonhos para a sobrinha sem talento dos produtores executivos da emissora onde trabalha.
É evidente que aquela exibida fresca não teria a menor condição de assumir um cargo como esse se não fosse por privilégio. E isso é o mais revoltante! Além disso, ela não tem nenhum comprometimento com o seu trabalho, nem com a história e nem com os personagens. E, aos olhos de Meena, fica muito claro que ela não sabe o que está fazendo.
Bom… Logo de cara, sua primeira providência, sem nenhum sentido, foi inventar de colocar vampiros na trama.
Desta forma, Meena é obrigada a escrever sobre os chupa-sangue romantizados, o que deverá ser um porre, já que a protagonista não mantém nenhuma afeição a estes seres sobrenaturais lendários. Nem tampouco, ela chegaria a acreditar na existência deles, já que ela é um tanto cética.
Na verdade, podemos dizer que Meena não é tão cética assim, já que experiencia em si mesma algo sobrenatural. Ela consegue dizer quando e como todos que conhece vão morrer.
Mas esse dom um tanto obscuro e esqusito não a torna conhecida como vidente. Hoje em dia, ela prefere não se meter muito e apenas indica para a pessoa que talvez seria bom que mudasse de percurso ou que fizesse uma visita ao médico.
A trajetória da protagonista sofre um baque quando ela conhece Lucien Antonescu, um homem misterioso que a atrai de maneira inexplicável. O mais estranho é que seu dom não se aplica a ele. Ela não consegue prever a sua morte. Bom… Talvez seja porque ele já está morto.
Daí em diante, a protagonista pode estar adentrando em um enredo perigoso, já que o príncipe romeno está em em meio a uma batalha oculta e fugindo da Guarda Palatina, que são caçadores de vampiros a serviço do Vaticano.
2 – Mordida
Meg Cabot continua com a história de Meena em Mordida, segundo livro da série. A narrativa continua afiada como sempre. Às vezes um pouco sombria. Às vezes um pouco romântica. E sempre muito bem humorada!
Pela primeira vez na vida, o dom esquisito de Meena Harper pode ser valorizado por alguém. Talvez agora ela esteja prestes a encontrar seu lugar no mundo oculto, paralelo à realidade conhecida pela humanidade.
A Guarda Palatina segue ávida e sedenta por destruir todos os tipos de demônios que estão espalhados pelo mundo, em especial os vampiros. E Meena, com seu poder especial tão valioso, pode ser uma ferramenta inestimável para a organização.
Assim, a protagonista é contratada para trabalhar na filial em Manhattan. É, então, que surge um dilema dos grandes na vida de Meena. E quanto ao seu passado com Lucien?
Não podemos esquecer que o agente do seu romance é um vampiro. Pior… Ele é ninguém menos que o filho do Drácula, o príncipe da escuridão.
Ao início da trama, percebemos Meena em seu estado farto de vampiros depois de sua complicada história com seu ex-namorado e, por isso, aceitou o emprego. Mas será que o amor que se levantou em seu peito a deixará em paz?
Ao decorrer da trama, Meena acaba se engajando em outro propósito: o de provar que mesmo seres tão sombrios e demoníacos como Lucien, apesar de que estejam mortos, não perderam a capacidade de amar.
Conclusão
Meg Cabot entrega aos seus leitores na ordem dos livros de Insaciável uma obra singular. Ela não vai exatamente na contramão dos romances vampirescos que inundaram a cultura pop, mas mostra uma perspectiva diferente sobre essas lendas, fornecendo uma leitura leve, irônica e engraçada.
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