As 48 Leis do Poder é um livro escrito por Robert Greene, publicado em 1998. O livro explora princípios e estratégias para adquirir poder e influência nas relações pessoais e profissionais. Cada uma das regras oferece insights sobre como agir e se posicionar no mundo para alcançar o sucesso. Neste texto, você irá acompanhar uma resenha de As 48 Leis do Poder, bem como conhecer todas elas.
As 48 Leis do Poder de Robert Greene é um livro bastante famoso, tanto por suas críticas positivas, quanto pelas negativas. Traduzido por Talita M. Rodrigues, o livro de 460 páginas da Editora Rocco traz de modo interessante formas adequadas de se obter poder para a situação que o momento demanda. Mas cuidado! Tudo em excesso pode ser prejudicial se não for bem manobrado. E é esse o trabalho de Robert Greene nesse livro, guiar o leitor para o pedestal de uma maneira meticulosa e equilibrada.
Outro ponto bastante vantajoso da leitura, além das dicas para se conquistar poder e se tornar uma pessoa poderosa, é conseguir identificar e evitar que outras pessoas façam o uso das leis para benefício próprio. Sim, isso pode parecer um pouco estranho, mas Greene te ensina basicamente o livro inteiro a ser poderoso de uma forma um tanto individualista.
A partir de cada capítulo, o leitor terá a capacidade de ter uma visão vasta dos planos alheios e até mesmo se proteger daqueles que almejam o poder a todo custo, e que pisam em muitos para chegar ao topo. Da mesma forma, Greene lhe ensina a se obter diversos atributos para se conseguir o respeito e a atenção dignos de um verdadeiro dominador. Com esse livro, você aprende a ser o caçador à procura de suas presas.
Em As 48 Leis do Poder, Greene também faz parceria com Joost Elffers, tendo o conhecido em 1995, em Veneza, na Itália. Ambos discutiram a ideia de lançarem um livro específico sobre poder e persuasão. Juntos, deram origem ao livro As 48 Leis do Poder, tornando a dupla mundialmente conhecida.
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Em Busca do Poder
O livro é composto por 48 capítulos dispostos de forma que o leitor pode escolher fazer a leitura da forma que desejar. A orientação é apenas seguir o título e escolher o capítulo/lei que pretende apreciar primeiro. O autor dá essa dica logo no início do livro, explicando que se o leitor quer realmente atingir o efeito desejado ao proposto nas descrições, deve ter noção que interpretação é imprescindível nesse caso.
Para deixar tudo ainda melhor, Robert Greene elucida expressamente acontecimentos reais e fábulas da história do mundo nos rodapés das páginas (o que particularmente chamou minha atenção porque embeleza a aparência de cada nova página). Nisso, o leitor adentra no mundo das estratégias de grandes estadistas, sedutores, filósofos, escritores, diplomatas e charlatões por incrível que pareça.
A narrativa envolve períodos antigos com visões de mundo distintas do que se é visto atualmente. Tudo isso serve para, como o próprio autor diz, ser um “manual das artes da dissimulação” – já que Greene ensina a ter habilidade para controlar e ocultar suas próprias emoções que servem resumidamente como uma regra fundamental básica para se obter o poder.
As Referências
No decorrer do livro, percebi que o escritor mais utilizado por Greene foi Baltasar Gracián. Basicamente em quase toda lei há uma citação do pensador e sem dúvida é interessante ver como essa linha de raciocínio se entrelaça perfeitamente com o que o autor quer de fato ensinar ao leitor.
Muitos outros escritores são citados no livro de Greene. Quando isso ocorre, o autor destaca passagens que os mesmos utilizaram no passado. Um exemplo deles é Nicolau Maquiavel, em sua importante obra O Príncipe: “O homem que tenta ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons”. Com isso, Robert deixa ainda mais óbvio o que ele quer frisar em sua lei.
Todas as 48 Leis
Essas são as 48 leis do poder conforme descritas no livro de Robert Greene. No entanto, é importante ressaltar que nem todas as leis são moralmente aceitáveis ou éticas, e é responsabilidade de cada pessoa decidir como aplicá-las em sua vida.
- Não ofenda ou se oponha diretamente às pessoas mais poderosas.
- Aprenda a esconder suas intenções e a disfarçar suas ações.
- Conquiste o apoio dos outros fazendo com que eles se sintam importantes.
- Não se envolva em disputas desnecessárias; escolha suas batalhas com sabedoria.
- Não confie demais nas pessoas; proteja seus próprios interesses.
- Crie uma imagem memorável e intrigante para si mesmo.
- Mantenha os outros em um estado de dependência; nunca revele tudo o que sabe.
- Faça com que as pessoas dependam de você; controle o acesso à informação.
- Ganhe poder influenciando as emoções das pessoas.
- Evite confrontos diretos; use estratégias indiretas para alcançar seus objetivos.
- Aprenda a usar a falta como uma arma; deixe os outros desejarem o que você tem.
- Use a honestidade e a generosidade seletivamente para manipular as pessoas.
- Aprenda a ser um mestre da persuasão e da comunicação.
- Aja como um rei para ser tratado como tal.
- Vença através da dissimulação e da astúcia.
- Controle as mentes das pessoas ao influenciar suas esperanças e medos.
- Mantenha as pessoas em um estado constante de necessidade e desejo.
- Não se comprometa em excesso; saiba quando sair de uma situação.
- Cultive uma aura de mistério e ambiguidade.
- Domine a arte da sedução para ganhar poder sobre os outros.
- Jogue com as fraquezas das pessoas; descubra suas vulnerabilidades.
- Use táticas de guerra para conquistar territórios e derrotar adversários.
- Aja de forma imprevisível para manter os outros em desvantagem.
- Use a reputação de outros para fortalecer sua própria imagem.
- Crie uma rede de alianças para aumentar seu poder.
- Planeje seu futuro com antecedência e antecipe os movimentos dos outros.
- Desperte a competitividade nas pessoas para enfraquecer seus oponentes.
- Não confie em ninguém completamente; use pessoas como peões.
- Use a força e a agressividade para intimidar e obter o que deseja.
- Faça com que os outros trabalhem por você, mas leve o crédito por suas realizações.
- Controle as informações e as narrativas para moldar a realidade.
- Seja um mestre da manipulação emocional.
- Descubra os pontos fracos dos outros e use-os contra eles.
- Não se deixe levar pela opinião dos outros; mantenha o controle.
- Domine a arte de se associar com pessoas poderosas.
- Jogue com as expectativas das pessoas para surpreendê-las e manipulá-las.
- Crie uma reputação de ser indispensável e insubstituível.
- Saiba como se retirar e deixar as pessoas com um gostinho de querer mais.
- Planeje com cuidado seus movimentos para evitar armadilhas e emboscadas.
- Domine a arte da guerra psicológica para subjugar seus oponentes.
- Aproveite o poder das palavras para influenciar e persuadir os outros.
- Seja implacável em suas ações e não mostre piedade.
- Mantenha-se alerta e sempre um passo à frente dos outros.
- Aprenda a lidar com pessoas difíceis e manipuladoras.
- Encontre um mentor para orientar e aconselhar você.
- Nunca apareça fraco ou vulnerável; mantenha uma imagem de força.
- Não se envolva em disputas emocionais; mantenha a calma e o controle.
- Tenha um propósito claro em mente e trabalhe incansavelmente para alcançá-lo.
Conclusão da Resenha de As 48 Leis do Poder
Eu concluo essa resenha de As 48 Leis do Poder dizendo que esse livro é bastante envolvente, principalmente por ser quase como um livro de história no qual muitas narrativas desconhecidas são recontadas, nos ensinando características únicas de cada uma de forma única.
Ele de fato me ensinou a ter uma visão distinta sobre a pretensão de algumas pessoas quando se trata do poder. Greene realmente ajuda o leitor a identificar o que uma pessoa deseja de acordo com sua forma de agir e/ou sua personalidade. No entanto, senti que em alguns momentos ele exagerou em suas leis, fazendo com que assim, quem seguir à risca cada regra pode pegar um pouco pesado no final das contas.
Nesse momento, você entende o porquê de o autor ter sido alvo de tamanhas críticas negativas após a publicação de seu livro. Sua honestidade é nítida, assim como suas leis um tanto perturbadoras.
Entretanto, mesmo com os momentos de oposição e contradições que senti no decorrer da leitura, a dica importante é que não se deve ignorar completamente as leis contidas neste livro, mesmo que não sejam seguidas. Justamente porque é importante conhecer o motivo ligado às atitudes que são utilizadas pelas pessoas no mundo real, mesmo que às vezes cruéis ou inexplicáveis de tão inusitadas.
Como leitora, recomendo que leia esse livro com completa calma, porque de verdade, a interpretação das leis são deveras importantes. E, digo mais, não estou nem um pouco acostumada a livros como esse, porém, As 48 Leis do Poder me seduziu com sua proposta. O que eu considero como uma jogada esperta de Robert Greene!
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