O Príncipe é um livro escrito pelo autor italiano Nicolau Maquiavel, em 1513. Nesta obra, Maquiavel apresenta suas ideias sobre como um governante deve se comportar para manter e fortalecer seu poder. Ou seja, é um manual de como ter persuasão e influência em seu reinado. Neste texto, vamos fazer um resumo de O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
Maquiavel defende a ideia de que o governante deve agir de forma astuta e não se preocupar com a moralidade ou a ética, mas sim com o que é necessário para manter o poder. Ele enfatiza a importância da força e da habilidade política, e argumenta que, se necessário, o governante deve usar a violência para alcançar seus objetivos.
Embora O Príncipe seja mal interpretado por muitos como um manual para a tirania, o livro é um importante marco na história do pensamento político. Maquiavel é frequentemente lembrado por suas ideias sobre a natureza do poder e da governança, e suas reflexões sobre a natureza humana continuam sendo objeto de estudo e debate até os dias de hoje.
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Quem Foi Nicolau Maquiavel?
Nicolau Maquiavel foi um dos principais autores do Renascimento. Ele foi defensor supremo do absolutismo e de ações rigorosas por parte de um governante quando preciso. Maquiavel também foi injustiçado ao entrar para a história como o patrono da expressão “maquiavélico”, utilizada para designar alguém capaz de tudo pelo poder. Para Maquiavel, a conservação do poder nas mãos de um bom governante, mesmo que em situações de maior controle, é condição necessária para a conservação da ordem política.
Nascido em 3 de maio de 1469, Nicolau era filho de pais pobres, mas desde pequeno se interessou pelos estudos. Tanto, que aos sete anos começou a aprender latim. E aos 29, ingressou na vida política, exercendo o cargo de secretário da Segunda Chancelaria da República de Florença.
Só depois de exilado, o diplomata escreveu sua famosa obra: O Príncipe, que tem como objetivo principal ensinar às altezas reais como chegar ao poder e não perdê-lo de forma alguma. Maquiavel ensina ao governante desse respectivo território a importância de sua obrigação em manter o poder e a segurança do país que governa, ainda que para isso ele tenha que derramar sangue. “Os fins justificam os meios”. O príncipe deve avaliar a sua conduta de acordo com cada situação em que se encontra, pois, cada situação demanda uma atitude diferente.
Temido ou Amado?
Voltando ao nosso resumo de O Príncipe, um fragmento que vale ressaltar, sem dúvida, é esse: “é mais seguro ser temido do que amado, quando se tem de desistir de uma das duas”, isto porque “os homens têm menos receio de ofender a quem se faz amar do que a outro que se faça temer”. Nessa passagem, Maquiavel explica que o amor e a amizade entre um governante e seus fiéis se mantém por uma linha profundamente tênue, dada a natureza individualista que os homens guardam dentro de si. Já o temor, por sua vez, se mantém pelo receio de um castigo à qualquer sinal de traição, e essa incerteza não desaparece tão facilmente na mente de um devoto, o tornando o indivíduo mais leal e sincero de seu senhor
Maquiavel também ressaltou a necessidade de se ter boas armas, leis e aliados à disposição do governante, além de boas defesas e ininterruptamente comandar de forma eficaz os principados mais fracos que consequentemente estarão sempre em torno do território mais desenvolvido. O território principal.
Os Modelos de Principados
O autor destaca alguns modelos de principados: são eles hereditário, novo, civil e eclesiástico.
Os principados hereditários são mais fáceis de governar, já que esses passam de geração em geração e são entregues de bandeja para os príncipes herdeiros de sua época.
Os principados novos são os chamados “recentes”, porque foram conquistados por outros estados, muitas vezes por meio de conflitos. No início, eles se encontram em momentos de extrema dificuldade para se estabelecerem e firmarem poder no território obtido. E justamente nesse momento de instabilidade, os governantes precisarão de todo o apoio possível para manter o que agora é seu.
Há também o caso de algum cidadão se tornar o príncipe de sua pátria, e esse governo será chamado de principado civil. Nesse caso, será necessário uma grande astúcia ao se arriscar um golpe. Príncipes como esse governam em benefício do povo e não dos ricos e poderosos. Porém, se o povo for hostil, abandonará o príncipe em um piscar de olhos.
Já os principados eclesiásticos se adquirem por virtude ou pela fortuna de um indivíduo e se mantém pela religião daquela determinada pátria. Governos como esse permanecem fortes e estarão sempre no poder. Além do mais, quase nunca precisam ser defendidos, pois são considerados seguros e felizes no âmbito geral. Nestes exemplos, o poder aumenta com mais armas e mais virtudes.
A Invencibilidade
Para ganhar ainda mais forças e se tornar praticamente invencível, o príncipe precisa considerar como inimigos todos que um dia se incomodaram ou se ofenderam por terem sido conquistados no passado. E, portanto, trabalhar para reconquistar regiões rebeladas.
Não oprimir o povo é de longe a regra mais importante para se manter no poder. Ou seja, os súditos esperam e precisam de um príncipe que promova a segurança e a estabilidade no território que governa sem dar uma única brecha para pensamentos revoltosos, e sim gratidão eterna. Assim, um príncipe sábio constantemente se certificará de que o povo sempre conte com o Estado e o veja como o provedor de suas necessidades. Se o príncipe dá a seus súditos boas condições de vida, alimento e trabalho para todos, a população o amará. Já os que não aceitarem o príncipe no poder devem ser mantidos por perto como verdadeiros conselheiros ou considerados inimigos.
O príncipe deve ser como uma raposa, ele deve entender e saber exatamente como escapar das armadilhas que aparecerão em seu caminho. Ele também deve ser como o leão, que aterroriza seus inimigos quando preciso e mostra o quão perigoso é, se ameaçado. Mas sua decisão entre ser um ou outro depende exclusivamente das circunstâncias em que se encontra.
As Armas
O objetivo principal do príncipe é cuidar da guerra, de sua organização e da disciplina de seus soldados sempre. O príncipe nunca pode esquecer essas leis básicas, mesmo em momentos pacíficos. Os que não pensam na guerra, portanto, perdem seu estado, os que pensam, aumentam seu poder ou o ganham. Nesse quesito, Maquiavel nunca recomenda o uso de tropas mercenárias e auxiliares, pois são as mais desunidas, desorganizadas, ambiciosas e infiéis dentre todas. Um governante esperto nunca deve confiar nesse tipo de gente, caso confie, seu poder não permanecerá por tanto tempo. A ruína é iminente.
Em suma, o príncipe deve estar constantemente atento às suas armas e as pessoas ao seu redor. Dessa forma, ele deve evitar ao máximo a inimizade do povo que poderá causar sua destruição total se for mal favorecida. E também deve saber se defender de outros grandiosos príncipes que almejam o poder alheio. Ao seguir à risca todas essas dicas, o governante manterá seu principado por décadas até sua morte.
Conclusão do Resumo de O Príncipe
Após a leitura da obra, e sua análise bem detalhada, é possível obter novos e construtivos conhecimentos, e levá-los como experiência ao longo da vivência. A obra de Maquiavel é de grande marco histórico, não só considerado importante na política, mas também para a cultura e sociedade.
Concluímos nosso resumo de O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, ressaltando que esta é uma obra importante na história do pensamento político e uma das mais influentes já escritas. Embora seu conteúdo seja mal interpretado como um manual para a tirania, sua principal contribuição foi expor as complexidades do governo e da liderança política.
Maquiavel apresentou a ideia de que um governante deve estar disposto a usar todos os meios necessários para manter o poder. Dessa forma, ele preservaria a estabilidade política, incluindo a violência, quando necessário. Assim, ele também enfatizou a importância da habilidade política, astúcia e flexibilidade, e mostrou como a moralidade pode muitas vezes entrar em conflito com a necessidade de governar. Desta forma, O Príncipe é uma obra valiosa que continua a inspirar debates sobre a natureza do poder, da governança e da liderança política.
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